Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou por unanimidade o Projeto de Decreto Legislativo
Na última terça-feira (1º), o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou, por unanimidade, o Projeto de Decreto Legislativo nº 00004/2025, que declara o Carnaval de Campo Grande/MS como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. A iniciativa, de autoria do deputado estadual Junior Mochi (MDB).
A conquista é fruto de décadas de dedicação de sambistas, artistas, produtores culturais, dirigentes e comunidades inteiras envolvidas na realização da maior manifestação popular do país. A proposta atende a uma antiga reivindicação da LIENCA (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande) e representa um reconhecimento oficial ao valor artístico, histórico, social e econômico do carnaval campo-grandense.
A homenagem é dedicada a ícones que marcaram o carnaval da capital, como o saudoso Mestre Goinha, precursor das escolas de samba em Campo Grande, além de tantos outros baluartes que deixaram seus ensinamentos, ritmos e paixões eternizados nas passarelas do samba.
Cultura, comunidade e economia criativa
O reconhecimento como patrimônio imaterial destaca o papel do Carnaval como um vetor essencial para o desenvolvimento local. Muito além da folia, o Carnaval de Campo Grande envolve trabalho, geração de renda, turismo e movimenta centenas de profissionais ao longo de todo o ano — de costureiras e músicos a coreógrafos, aderecistas e cenógrafos.
Segundo a LIENCA, o investimento contínuo em cultura traz retorno direto para as comunidades, fortalece os territórios e promove inclusão. As escolas de samba são, muitas vezes, o principal ponto de encontro, formação e valorização da juventude em diversas regiões da cidade.
“O que nos honra é seguir um legado, caminhando com cada integrante das escolas, com cada profissional da nossa cultura e com os mais variados artistas carnavalescos. A alegria que nasce nos barracões é a mesma que explode na avenida — e agora também no reconhecimento do Estado”, celebrou a diretoria da Liga.
Amanda Ferreira