Em Mato Grosso do Sul saltou de 4 para 11 o número de casos de ferrugem-asiática nas lavouras de soja de dezembro até 15 de janeiro, segundo números do Consórcio Antiferrugem. Em 8 estados produtores da oleaginosa já são 72 casos da doença, sendo que no Paraná, onde foram detectados os primeiros casos no final de novembro, já soma 34 ocorrências, em vários estágios de desenvolvimento da planta.
A tendência é aumentar, já que foram identificados esporos (estruturas com capacidade de reprodução) da ferrugem em lavouras de vários estados, um indicativo de que a doença vai se desenvolver e alastrar. No Centro-Oeste, segundo o mapa de dispersão da doença feita pelo Consórcio Antiferrugem, Mato Grosso do Sul, com 11 casos, é seguido por Mato Grosso (8) e Goiás, com 2 registros.
Em Mato Grosso do Sul, foram detectados casos em Amambai, Aral Moreira, Bonito, Caarapó, Chapadão do Sul, Ivinhema, Laguna Carapã, Maracaju e Sidrolândia. Na atual fase de desenvolvimento da soja, com as vagens já granadas, segundo técnicos consultados pela coluna Lado Rural, o ataque da ferrugem asiática pode causar perdas de até 90% nas plantas.
Sobre a doença
A ferrugem-asiática da soja é a principal doença na cultura da oleaginosa e o custo médio para controle de doenças tem sido estimado ao redor de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil. Entre as principais estratégias de manejo da ferrugem estão o vazio sanitário, a utilização de cultivares precoces e a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares com genes de resistência e o uso de fungicidas.
Os produtores e técnicos que encontrarem ferrugem nas lavouras podem auxiliar a divulgar a informação, levando as folhas para as cooperativas e outros membros do Consórcio Antiferrugem para atualizar o banco de informação.
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