Após ameaça de invasão da Fazenda Maringá, o Sindicato Rural de Iguatemi encaminhou ofício a diversos órgãos solicitando que medidas sejam tomadas pela paz no campo na região. Com o conflito inflamado, os produtores e seus familiares estão com medo de novos episódios.
Com medo de novas invasões e ameaças, o Sindicato encaminhou ofício ao Governador Eduardo Riedel, à Coordenadoria local da FUNAI, Polícia Federal, MPF, Força Nacional, Exército, Famasul, Prefeitura e Câmara de Iguatemi, dentre outras instituições.
A denúncia de um episódio de violência envolvendo jornalistas que estariam documentando a ação dos indígenas levou a diversas notícias na mídia estadual e nacional. O fato ocorreu coincidentemente na mesma data que acontecia a 51ª Assembleia Aty Guasu, no município de Caarapó, vizinho de Iguatemi.
A ameaça de novas invasões não está descartada, e com isso os produtores e seus familiares seguem com medo dos próximos episódios. Informações dão conta, segundo o Sindicato, que os indígenas querem invadir, nos próximos dias, outras fazendas que estão dentro desse estudo, não só a Maringá, mas a Cachoeira, Nelore, Santa Rita e Vera Cruz.
A região é alvo de processo de estudo de demarcação e enfrenta histórico de crime de invasão desde 2012, segundo o Sindicato. Ao todo, são 40 mil hectares de terras, 46 propriedades rurais, que passam pelo processo.
No documento, eles pontuam que uma das dificuldades no processo, de acordo com o Sindicato, é o incentivo de instituições indígenas para as invasões. “Temos notícia de que o Conselho Indigenista Missionário aparece como um dos que estão coordenando e municiando as invasões. Há uma coação de indígenas por parte das lideranças para praticarem os atos, pois se sentem ameaçados. Isso não é novidade”, segundo o ofício.
O Sindicato pede que se os proprietários adquiriram de boa fé suas propriedades, então, que seja respeitado o processo de demarcação. Foi solicitado, no ofício, o noticiamento das invasões e a para que sejam tomadas medidas cabíveis a fim de atuar em prol da paz na área rural deste município, como fiscalizar a atuação da FUNAI e dos órgãos federais atuantes no município e coibir o descumprimento do direito de retenção previsto pelo STF. Acesse também: Poucas ofertas e chuva espantam clientes na Black Friday, em Campo Grande
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