Produção de grãos deve crescer 11,9% no Brasil em 2025, mas MS apresenta recuo em relação a fevereiro

PIB
Foto: Wenderson Araújo/CNA

A estimativa da produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2025 totaliza 327,6 milhões de toneladas, segundo dados de março do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), divulgados pelo IBGE. O volume representa crescimento de 11,9% frente ao obtido em 2024 (292,7 milhões de toneladas), o equivalente a 34,9 milhões de toneladas a mais. Em relação a fevereiro, a projeção também é positiva, com acréscimo de 3,9 milhões de toneladas (1,2%).

No entanto, apesar do cenário nacional otimista, Mato Grosso do Sul foi um dos poucos estados a registrar recuo nas estimativas mensais. A produção sul-mato-grossense caiu 524,1 mil toneladas em comparação com o levantamento anterior, sendo superada apenas pelo declínio observado no Rio Grande do Sul (-3,7 milhões de toneladas). Ainda assim, o Estado permanece entre os maiores produtores do país, com participação de 7,6% no total nacional, atrás apenas de Mato Grosso (30,9%), Paraná (13,7%), Goiás (11,7%) e Rio Grande do Sul (10,1%).

A área total a ser colhida no país em 2025 foi estimada em 81,0 milhões de hectares, representando aumento de 2,5% frente à área de 2024. Os três principais produtos — soja, milho e arroz — continuam a concentrar a maior parte da produção, respondendo juntos por 92,6% do volume total estimado e 87,7% da área cultivada.

Entre os produtos com maior incremento na produção estimada estão a soja (13,3%), o milho (11,0%) e o arroz (12,3%). Para o milho, espera-se uma produção de 127,3 milhões de toneladas, sendo 101,8 milhões na segunda safra. Já a soja, carro-chefe da produção agrícola sul-mato-grossense, tem previsão de 164,3 milhões de toneladas no país.

Apesar da retração mensal, o Centro-Oeste lidera entre as regiões com maior produção, respondendo por 50,5% do total nacional. A região apresentou crescimento de 14,5% em relação a 2024 e de 3,4% na comparação com fevereiro, puxada especialmente pelos desempenhos de Mato Grosso e Goiás.

 

Por Djeneffer Cordoba

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