Mato Grosso do Sul é pioneiro em produção de biometano no Brasil

Biometano
Foto: Divulgação/Semadesc

Após gerar energia solar, biomassa e mais recentemente o biogás, Mato Grosso do Sul está cada vez mais perto de atingir a meta de tornar-se Estado carbono neutro, em 2023, com a era do biometano produzido a partir de dejetos de suínos. Esse é considerado um ecossistema inovador para produção do gás e é o primeiro instalado no Brasil. 

O lançamento foi na semana passada, na SF Agropecuária, na cidade de Brasilândia. A fazenda é uma das pioneiras na utilização de dejetos de suínos no abastecimento de energia, por meio de geração distribuída e abate 188 mil animais por ano e conta com diversas atividades e um portfólio diversificado. 

Entre as atividades estão – a suinocultura, pecuária, agricultura e geração de energia elétrica. O suinocultor e diretor da SF Agropecuária, Fábio Barros, é o idealizador de todo o trabalho. “Estamos com este sistema no caminho do carbono neutro.” 

Além disso, Barros lembrou que a fazenda é incentivada pelo programa Leitão Vida, no estágio avançado, e citou que a fazenda faz a produção circular. “Temos que trabalhar sustentabilidade, economia, além de combustível limpo e renovável. O projeto é autossustentável e traz economia”. 

“O governo é que dita as regras, ele que cria. Temos aqui um grande apoio do governo, que é o programa Leitão Vida. Vendemos 160 mil cevados por ano e destes, cerca de 80 mil são incentivados. Então, o retorno é muito bom”, completa o suinocultor. 

Para o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, “a teoria se torna prática e fecha um ciclo virtuoso de produção sustentável de metas almejadas pelo governo do Estado”. 

Durante o evento, Verruck destacou também que a iniciativa atende à proposta do governo, de ser sustentável e verde. “O aumento da demanda por energias renováveis, o biometano produzido pela nova solução tem potencial para se tornar uma alternativa viável ao diesel e a outros combustíveis fósseis”. 

“Contudo, a produção de biometano, a partir de resíduos de suínos, contribui para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, tornando a solução ecologicamente correta”, acrescentou, lembrando que, em MS, também está sendo produzido o biometano a partir de vinhaça. Esse tipo de inovação está presente nos programas de incentivos fiscais, como o Leitão Vida e o MS Renovável, do governo do Estado.

Moderno

Conforme a Semadesc, o sistema de biometano instalado na fazenda produz o gás, que é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos. No qual, é composto por um biodigestor, sistema de purificação de biogás, gerador, tratores e caminhões pesados. 

O novo ecossistema é o primeiro do tipo, no Brasil, e promete revolucionar o mercado de biogás, do país. Desta forma, o lançamento dessa solução, no mercado brasileiro, é resultado de uma colaboração bem-sucedida entre New Holland, Iveco Group, Sebigás Cótica e Air Liquide. 

A iniciativa tem o intuito explorar as diversas possibilidades da produção de biogás, a partir de resíduos de suinocultura, de pecuária e, ao mesmo tempo, promover a utilização de energias renováveis, no país. 

O diretor de Marketing de Produto da New Holland Agriculture para a América Latina, Flávio Mazetto, relata estar orgulhoso de liderar a iniciativa para a criação de um ecossistema inovador. “Acreditamos que essa solução é o futuro da produção de energia limpa, no Brasil. Esperamos que ela inspire outras fazendas e empresas a adotarem energias renováveis e ajudem o país a alcançar suas metas de sustentabilidade.”  

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

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