Com mais de 200 participantes, o II Simpósio de Sistemas Intensivo de Produção (II SIP) está propondo uma reflexão sobre a expansão da agricultura no Brasil de forma sustentável. O evento está acontecendo no Centro de Convenções da Uems (Campo Grande, MS). O presidente do Simpósio, Fernando Mendes Lamas, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, lembra que muitas áreas estão sendo ocupadas em áreas de pastagens degradadas, em solos arenosos. “Porém, na Região Centro-Oeste ainda predomina a monocultura de soja-milho, soja-algodão, o que não é desejável. Desafio: encontrar alternativas para que a atividade agropecuária continue sendo sustentável”, pontuou Lamas.
Adão Hoffman, diretor-presidente da Ampasul, representando a Abrapa, disse que enxerga potencial para o crescimento de produtividade, produção e área em Mato Grosso do Sul. “Hoje, já existem tecnologias para produzir qualquer tipo de cultura em áreas arenosas, em pastagens degradadas. Precisamos aprender juntos”. Já o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, destacou a importância das parcerias para realização do evento com o tema de sistemas intensivos e integrados e que há na sua organização a “jovialidade de estar em sua segunda edição, com participação de todos os atores da cadeia produtiva inseridos nas palestras, atuando como moderadores ou palestrantes do mais alto escalão do País”, afirmou Oliveira.
Representando o governador de MS Eduardo Riedel, Jaime Verruck, secretário de estado de meio ambiente, desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação do governo de Mato Grosso do Sul, informou sobre o trabalho entre governo do estado e Embrapa no Zoneamento Agroecolgico de Mato Grosso do Sul. Verruck destaca que os trabalhos do governo são direcionados para a diversificação, como a silvicultura, o amendoim (cultura alternativa), sorgo (demanda industrial na janela do milho) “e caminhando na identificação de como esses sistemas serão sustentáveis. A agricultura é o primeiro a dar esses passos na sustentabilidade e que se amplie os sistemas intensivos e integrados”, disse Verruck, lembrando que a agricultura familiar está contemplada nas ações de diversificação.
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