Brasil exporta gado para a Bolívia

Foto: AFNR / Shutterstock.com
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Depois de mais de 30 dias cumprindo quarentena na Fazenda Experimental da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba, no Triângulo Mineiro, 61 animais das raças Gir Leiteiro, Nelore, Sindi e Girolando, embarcaram para a Bolívia nesta segunda-feira (22).

Os animais, adquiridos de 20 criatórios de todo o país, vão para 12 criatórios bolivianos, disseminando a genética do Zebu brasileiro e melhorando o rebanho do país vizinho. As negociações foram capitaneadas pela Alvo Agro, que já comercializou gado vivo para mais de 22 países.

“Uberaba é um polo de genética Zebu no mundo e os bolivianos descobriram isso há alguns anos. Por isso as exportações para o país têm acontecido com muita frequência. Estamos muito contentes porque, a cada ano, cresce a demanda por esses animais”, destaca Marcelo Guandalini, da Alvo Agro.

Em 2023, o Brasil exportou quase 480 mil cabeças de bovinos para diversos países, entre gado comercial e gado de elite. O crescimento tem relação, principalmente, com a qualidade genética dos animais e o cumprimento dos protocolos sanitários internacionais.

O quarentenário da ABCZ, constantemente utilizado por empresas exportadoras de gado em pé, é habilitado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa), e uma referência no país.

“A estrutura atende todos as exigências do Mapa e possui um grande diferencial, que são paredões verdes nas laterais, proporcionando um bioclima muito agradável para o bem-estar dos animais, um dos fatores mais preconizados pelos países importadores”, detalha a Gerente da Fazenda Experimental da ABCZ, Nínive Jhors.

O mesmo cuidado durante o período de quarentena é seguido até o destino. Para que a viagem de mais de 1.200 km por terra, até a Bolívia, cause o mínimo de estresse aos animais, os quatro caminhões vão com lotação abaixo da capacidade, camas de palha de arroz, água e ração em abundância.

O Mapa acompanha todo o processo, inspecionando bem-estar dos animais, exames, vacinas, e logística de transporte.

“Vistoriamos os animais, registro, origem, condições de saúde, exames, vacinas e tudo o que for necessário, de acordo com o país importador. Acompanhamos todo o embarque e lacramos os caminhões para que cheguem nas mesmas condições ao destino”, ressalta o Auditor Fiscal Agropecuário Federal do MAPA, Fernando Augusto Santos.

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