O Terminal Heitor Eduardo Laburu, localizado na Rua Dom Aquino, avançou para 75% de conclusão e está “caminhando para a reta final”, conforme vistoria realizada nesta quinta-feira (11) pelo secretário da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Marcelo Miglioli, e pela equipe técnica da pasta.
Durante a visita, o gerente de fiscalização da Sisep detalhou que o terminal possui 264 salas, distribuídas entre 164 proprietários. Atualmente, 30 espaços seguem em reforma e 15 já estão funcionando, o que reforça que o local nunca chegou a ser totalmente fechado.
Segundo ele, a parte física da obra já ultrapassa 70% de execução, enquanto o avanço financeiro está entre 55% e 60%. “Uma medição de alto valor, a instalação de brises, deve elevar esse percentual nos próximos dias. O sistema de ar-condicionado, essencial para o funcionamento da Funsat e da GCM (Guarda Civil Metropolitana), está em fase de licitação e é hoje o principal entrave para a conclusão definitiva da obra”, esclareceu o gerente.
Ao abrir o canteiro para a imprensa, Miglioli afirmou que o objetivo é “desmistificar a ideia de obra parada”. “A obra está dentro de um ritmo normal, com os problemas que estamos enfrentando. Não vamos conseguir entregar agora em dezembro porque o sistema de ar-condicionado não pôde ser incluído no contrato atual. Tivemos que abrir uma nova licitação, um processo exigido pela legislação”, explicou.
O novo sistema de climatização terá custo estimado em R$3,5 milhões, quase o dobro do orçamento original de R$1,8 milhão previsto no contrato inicial. Por isso, a prefeitura fará a prorrogação do prazo de entrega por mais seis meses. “Vamos trabalhar forte para entregar no máximo até junho do ano que vem, mas o interesse é terminar o quanto antes”, disse.
O secretário acredita que a revitalização do terminal será um novo impulso para o movimento na região central. “Na minha opinião de cidadão, essa obra vai contribuir muito para revitalizar o Centro e trazer novamente movimento para a área. Já há proprietários interessados em reabrir lojas e até novos negócios chegando”, afirmou. Além disso, o espaço abrigará a Funsat e a Guarda Civil Metropolitana, que, segundo Miglioli, devem reforçar a segurança no entorno.
Por que a obra atrasou?
A obra que teve início em junho de 2022, ainda não foi finalizada por vários motivos. Miglioli afirmou que herdou o projeto já com problemas estruturais e de fundação, além de falhas no projeto original, que tiveram de ser corrigidas. Ele destacou que, por ser uma obra vinculada à Caixa Econômica Federal, qualquer mudança exige aprovação prévia, o que ampliou a burocracia e o tempo de execução.
“Nós não queremos entregar uma obra desse porte de qualquer jeito. É uma obra esperada há 30, 40 anos. Ela será entregue completa e com qualidade”, garantiu.
Outras obras e cronogramas
Questionado sobre o prédio do antigo Centro de Belas Artes, o secretário afirmou que os trabalhos continuam e também não estão parados. Ele explicou que houve um período em que a prefeitura ficou sem certidão, o que impactou os pagamentos e reduziu o ritmo da empresa, mas a situação já foi regularizada. A previsão inicial de entrega segue para julho de 2026.
Miglioli também comentou sobre futuros investimentos, como a licitação para o Parque Tecnológico, que deve estar pronta até janeiro; em abril, está previsto as obras de requalificação funcional do pavimento, parte de um novo programa de manutenção urbana e a aplicação dos R$156 milhões aprovados pela Câmara, divididos entre mais de 20 bairros da Capital, como Noroeste, Los Angeles, Oliveira, Tijuca e Girassóis.
Sobre o recapeamento, o titular da Sisep afirmou que “estamos apresentando uma solução prática, um grande programa de requalificação do pavimento. Campo Grande sempre ouviu que precisava de recapeamento, mas ninguém apresentava solução. Agora estamos iniciando um projeto para resolver de fato esse problema”.
Por Inez Nazira
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