Uso de produtos importados sem registro aumenta na fronteira e preocupa autoridades sanitárias
O crescimento dos casos de obesidade em Mato Grosso do Sul vem acompanhado por outra tendência: a circulação de canetas emagrecedoras importadas de forma irregular, especialmente pela região de fronteira. A oferta desses produtos, vendidos em clínicas, grupos online e até por entregadores informais, preocupa autoridades sanitárias.
A Vigilância Sanitária Estadual afirma que grande parte das canetas apreendidas ou denunciadas não tem registro na Anvisa e pode conter impurezas, toxinas e até bactérias, já que não passam por controle de qualidade. “Essas canetas importadas sem registro não têm qualquer garantia de segurança. O risco à saúde é real”, disse o farmacêutico Alexandre Tutes. Denúncias de comércio clandestino podem ser encaminhadas ao órgão.
O alerta surge em um momento em que os indicadores de obesidade no Estado continuam em alta. Dados do SISVAN mostram que, entre 432,7 mil pessoas avaliadas em 2024, apenas 25,94% tinham IMC adequado. Mais da metade apresentou sobrepeso ou algum grau de obesidade, condição associada a doenças como diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer.
O Ministério da Saúde já havia apontado que a proporção de adultos com obesidade cresceu 72% no país em 13 anos. Em MS, a obesidade é uma das condições crônicas mais acompanhadas pela Atenção Primária, que concentra boa parte dos atendimentos relacionados a doenças decorrentes do excesso de peso.
*Com informações da Agência de Notícias de MS
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