Boulos diz que fim da escala 6×1 deve ter transição para micro e pequenas empresas

Ministro da Secretária-geral, Guilherme Boulos, no programa Bom dia, Ministro  -Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilFoto:
Ministro da Secretária-geral, Guilherme Boulos, no programa Bom dia, Ministro -Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilFoto:

Ministro afirma que compensações e incentivos podem ser alternativas para evitar prejuízo aos pequenos negócios

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, afirmou nesta terça-feira (25) que o debate sobre o fim da escala 6×1 deverá incluir uma fase de transição voltada especialmente às micro e pequenas empresas. Segundo ele, o formato ainda não está definido porque “isso demanda cálculos de impacto fiscal”, mas alternativas já estão em análise.

“Têm caminhos, caminhos que podem ser com estímulo ou desoneração fiscal para os pequenos, ter um grau de compensação”, disse em entrevista à Agência Brasil e TV Brasil, após participar do programa Bom Dia, Ministro, em Brasília.

A proposta está em discussão no Congresso por meio da PEC 8/2025, protocolada em fevereiro, que prevê jornada máxima de 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana. Setores empresariais resistem à mudança, alegando possível aumento de custos.

Boulos reforçou que é preciso diferenciar o impacto entre grandes corporações e pequenos negócios. “Nós temos que separar muito bem o que é o grande empresário, a corporação, o banqueiro e o que é o pequeno. (…) Para esse pequeno você tem que ter um modelo de transição para que a sustentabilidade do negócio não seja prejudicada com o fim da escala 6×1”, afirmou. Em seguida, acrescentou: “Agora, para o grande [empresário], esse consegue segurar”.

O ministro também citou que a carga horária atual afeta diretamente a vida de trabalhadores que não conseguem conciliar folgas com o convívio familiar. Ele exemplificou: “É você, às vezes, ter sua folga num dia de semana em que sua esposa está trabalhando, os seus filhos estão na escola, você não consegue conviver com a sua família, não consegue cuidar da casa, ter um tempo para curtir um lazer, para se formar num curso”.

*Com informações da Agência Brasil

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