Em ritmo acelerado, Sisep ultrapassa os seis mil buracos tapados em diferentes regiões da Capital

Reportagem do O Estado acompanhou o trabalho  realizado pelas equipes  na Av. Costa e Silva - Foto: Roberta Martins
Reportagem do O Estado acompanhou o trabalho realizado pelas equipes na Av. Costa e Silva - Foto: Roberta Martins

Após revitalizar rotatória da Rachid Neder, prioridade é arrumar vias expressas e de grande fluxo

 

Após chuvas torrenciais que atingiram Campo Grande na semana passada, trazendo estragos e alagamentos em diversas partes da cidade, a Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos) conseguiu acelerar a retomada da Operação Tapa-Buraco. Desde que o trabalho de tapa-buracos foi intensificado, no último dia 18, já foram tapados 6.068 buracos em vias de bairros das sete regiões urbanas. As equipes trabalham no feriado do Dia da Consciência Negra (20), nesta sexta-feira (21) de ponto facultativo e trabalharão neste sábado (22), a partir das 6h. A meta é arrumar 80 mil buracos até o fim do ano, nas vias expressas, saídas da cidade e avenidas de grande movimentação.

Em entrevista à rádio Capital FM, na manhã desta sexta-feira (21), o titular da pasta, Marcelo Miglioli, afirmou que as chuvas evidenciam os problemas crônicos de Campo Grande, como a má qualidade do asfalto e pouca capacidade de drenagem das águas pluviais. Miglioli citou como exemplo o que aconteceu na Avenida Rachid Neder com a Ernesto Geisel, onde a rotatória precisou ser refeita.

Foto: Roberta Martins

“Ali tem um problema crônico e antigo. Na margem esquerda, tem uma drenagem subdimensionada que não tem a capacidade de absorver as águas que vem da Coronel Antonino. Na margem direita temos a falta completa de drenagem e retenção de água, que é justamente o projeto da Rua Corguinho que apresentamos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, afirmou, apontando que nesta via está prevista a construção de bacias de contenção, o que amenizaria o problema com dos constantes alagamentos.

Além das bacias, o secretário adiantou que haverá uma barragem para o córrego, no entanto, o projeto ainda precisa ser discutido com o Governo Federal para a viabilização de verbas para a execução.

Buscando soluções efetivas para o problema de alagamentos e buracos no asfalto, Miglioli afirmou que está mantendo contato com a bancada federal a fim de conseguir R$ 500 milhões em recursos. De acordo com ele, essa parceria com os representantes de MS em Brasília, rendeu uma emenda de R$ 100 milhões para serem aplicados nestas áreas.

“Além desse recurso, também contamos com a parceria do governo do Estado que vai licitar o asfalto na região da Lagoa Itatiaia e no Jardim Itamaracá e o acesso às Moreninhas. Tudo isso contribui para solucionar o problema de drenagem. Também estamos com sete bacias de contenção em execução, como as do Jardim Noroeste e da Chácara dos Poderes, que já reduziram bastante o problema por lá”, detalhou durante a entrevista. “Não conseguimos resolver tudo se não tiver planejamento e dinheiro para a execução”, completou.

Operação Tapa-buraco em ritmo acelerado

Com sete empresas contratadas para a linha de frente das execuções das obras de tapa-buraco, a prefeitura priorizou os trabalhos conforme o fluxo das ruas e avenidas que receberão o serviço. Conforme explicado por Miglioli, neste primeiro momento serão tapados os buracos existentes nas vias que levam para as saídas da cidade, como na Gury Marques, que leva para São Paulo, e a Avenida Assaf Trad.

A previsão é de que o serviço chegue até o fim do ano, nas vias expressas e de grande movimento, como a Júlio de Castilhos, onde o trabalho já está sendo feito, Mascarenhas e Morais, bem como nas rotatórias afetadas pela quantidade de chuva — o que incluiu a da Rachid Neder com a Ernesto Geisel e a da Saída para Três Lagoas, próximo ao Terminal de ônibus Hércules Maymone.

“Sabemos que buraco na rua dos bairros também incomoda, mas minimiza muito a chances de dar prejuízo, porque geralmente passam em baixa velocidade, ao contrário das ruas expressas, onde podem causar acidentes e traz risco maior à população. Com certeza vamos chegar aos bairros, mas nossa prioridade agora são essas vias que eu falei”, concluiu.

Ainda sobre os planos de levar pavimentação e drenagem para outras partes da Capital, o secretário afirmou que serão viabilizados R$ 544 milhões via Caixa Econômica para atender 33 bairros de Campo Grande onde esses serviços ainda não chegaram.

“Com o que está sendo feito e com o que temos garantido, mais o que está sendo licitado pelo governo estadual, serão mais de 400 quilômetros de pavimentação até o final do mandato”, destacou.

 

Por Ana Clara Julião

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