A avaliação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permaneceu estável em setembro, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17). O levantamento mostra que 51% dos entrevistados desaprovam a gestão, enquanto 46% aprovam e 3% não souberam ou não responderam, índices idênticos aos de agosto.
Na avaliação geral do trabalho do presidente, 38% consideram negativo (39% em agosto), 31% positivo (mesmo percentual anterior) e 28% regular (27% no mês passado). A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança, de 95%. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro.
Tarifaço dos EUA e disputa política
O estudo também avaliou a repercussão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Para 73% dos entrevistados, o presidente americano Donald Trump está errado ao adotar a medida alegando perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — em agosto, eram 71%. Apenas 20% consideram a decisão correta, ante 21% no mês anterior.
Quando questionados sobre quem age de forma mais correta na disputa, 49% apontaram Lula e o PT, enquanto 27% ficaram do lado de Bolsonaro e seus aliados. Em agosto, o placar era de 48% a 28%. Outros 15% não escolheram nenhum dos lados e 9% não souberam responder.
Apesar da crítica ao tarifaço, 74% acreditam que as tarifas vão prejudicar suas vidas, levemente abaixo dos 77% registrados em agosto.
Para Felipe Nunes, CEO da Quaest, o impacto do tema é limitado:
“Embora a maioria continue avaliando negativamente o tarifaço – o que ajuda o presidente Lula no debate – esse efeito foi neutralizado por outros temas domésticos e não gerou ganho extra nas pesquisas”, afirmou.
Economia: percepção de emprego melhora
Na economia, 61% dos entrevistados dizem que os preços dos alimentos subiram, 20% que permaneceram iguais e 18% que caíram — números praticamente idênticos aos do mês passado.
Por outro lado, houve avanço na percepção de oportunidades de trabalho: 41% consideram que está mais fácil conseguir emprego hoje do que há um ano, contra 34% em agosto. Os que acham que está mais difícil caíram de 55% para 49%.
Dados do IBGE divulgados na terça (16) mostram que a taxa de desemprego do país é de 5,6%, a menor da série histórica iniciada em 2012.
Mesmo assim, 48% acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses (eram 46% em agosto), 29% acham que ficou igual (30%) e 21% avaliam melhora (22%).
A pesquisa indica, portanto, que a popularidade de Lula segue em compasso de espera, sem grandes variações, enquanto a percepção de um mercado de trabalho mais aquecido surge como ponto positivo para o governo.
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