O prefeito em exercício, Arlindo Landolfi (Republicanos), oficializou na manhã desta terça-feira (16), por meio da Portaria nº 691 publicada no Diário Oficial da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), a exoneração de Felipe Barbosa da Silva do cargo de Procurador-Geral. Segundo o documento, a saída ocorreu a pedido do próprio servidor.
A Prefeitura de Terenos esclareceu, por meio de nota, que a exoneração de Felipe Barbosa da Silva não tem qualquer vínculo com a operação que investiga irregularidades na administração municipal. Segundo o comunicado, o ex-procurador pediu seu desligamento do cargo com o objetivo de se dedicar a projetos pessoais e profissionais, decisão que foi respeitada pela atual gestão.
Arlindo Landolfi assumiu a Prefeitura de Terenos na última sexta-feira (12). Esta é a primeira medida adotada por ele desde que assumiu a Prefeitura, após a prisão do então prefeito titular, Henrique Wancura Budke (PSDB).
Para a reportagem o prefeito confirmou a exoneração de outros membros, inclusive da chefe de gabinete do Henrique Budke, esposa de Orlei Figueiredo Lopes, um dos presos na Operação que desarticulou a organização que fraudava licitações.
Revogação
Em meio ao avanço das investigações e à troca de comando na prefeitura, a Câmara Municipal de Terenos decidiu revogar a lei que autorizava o Executivo a contratar um empréstimo de até R$ 20 milhões junto ao Banco do Brasil. O projeto, de autoria da gestão de Budke, havia sido aprovado antes da operação policial. Com a prisão do então prefeito, os vereadores reconsideraram a medida e, por precaução, anularam a autorização, afirmando que qualquer nova tentativa de empréstimo deverá passar por nova análise e aprovação do Legislativo.
A deliberação ocorreu na noite desta segunda-feira (15), durante a primeira sessão ordinária realizada após a deflagração da Operação Spotless que expôs o escândalo de corrupção no município.
A medida foi interpretada como uma resposta à crise política e um esforço para impedir que recursos públicos sejam comprometidos sem o devido controle e transparência. Segundo os parlamentares, nenhum valor do empréstimo chegou a ser utilizado, e a revogação visa garantir que eventuais novas contratações de crédito sejam feitas com responsabilidade, diante do cenário de instabilidade e suspeitas de irregularidades na gestão anterior.
Por Brunna Paula