Varejo recua 0,7% no mês e acumula retração de 1,4% em 12 meses
O comércio varejista de Mato Grosso do Sul registrou, em julho de 2025, sua segunda retração no ano, segundo dados divulgados nessa quinta-feira (11) pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Comércio. O estudo acompanha o comportamento da receita bruta de revenda em empresas com 20 ou mais empregados formalmente constituídas, cuja atividade principal é o comércio varejista.
Na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo sul-mato-grossense caiu 0,7% em relação a junho. Em comparação com julho de 2024, houve alta de 1,6%. O acumulado do ano permanece estável (0,0%) e a variação em 12 meses é de 0,7%.
O varejo ampliado, que inclui veículos, motos, material de construção, peças e atacado de alimentos, bebidas e fumo, também registrou queda de 0,7% na série com ajuste sazonal. Na comparação anual, apresentou crescimento de 2,5%, mas a variação em 12 meses ficou negativa em 1,4%.
No Brasil, 16 das 27 unidades da federação tiveram resultados negativos no comércio varejista na passagem de junho para julho, incluindo Rondônia (-2,2%), Minas Gerais (-1,1%) e Paraíba (-1,0%). Entre os estados com crescimento, destacam-se Amapá (3,9%), Distrito Federal (0,9%) e Sergipe (0,8%). Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul mantiveram estabilidade.
No varejo ampliado, a maioria das unidades registrou crescimento. Apenas cinco estados apresentaram queda, com destaque para Espírito Santo (-2,6%), Roraima (-2,1%) e Mato Grosso do Sul (-0,7%).
Na comparação anual, o comércio varejista mostrou predominância de resultados positivos em 20 estados, com destaque para Amapá (8,5%), Santa Catarina (5,4%) e Mato Grosso (4,9%).
Entre os sete estados com retração, figuram Tocantins (-11,8%), Rio de Janeiro (-1,7%) e Goiás (-1,3%). No varejo ampliado, 17 estados registraram crescimento anual, enquanto dez apresentaram queda, incluindo São Paulo (-7,5%), Goiás (-5,0%) e Rio Grande do Sul (-4,2%).
Com os resultados conhecidos em julho, o setor se situa 9% acima do nível pré-pandemia de covid-19 (fevereiro de 2020) e 1,1% abaixo do ponto mais alto da série histórica (iniciada no ano 2000), alcançado em março de 2025.
Atividades
Das oito atividades apuradas pelo IBGE, quatro apresentaram desempenho negativo na passagem de junho para julho, e quatro ficaram no terreno positivo:
– Equipamentos e material para escritório informática e comunicação: -3,1%
– Tecidos, vestuário e calçados: -2,9%
– Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -0,6%
– Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,3%
– Móveis e eletrodomésticos: 1,5%
– Livros, jornais, revistas e papelaria: 1%
– Combustíveis e lubrificantes: 0,7%
– Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,6%
Por Djeneffer Cordoba
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