O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta segunda-feira (8) de uma reunião virtual com os líderes dos países que integram o Brics ampliado. O encontro, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Irã e Arábia Saudita, tem como pauta central a reação ao tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de debates sobre conflitos internacionais e reformas nos organismos multilaterais.
Desde julho, Trump tem adotado medidas protecionistas contra países que se manifestaram contrários à política econômica norte-americana. O presidente norte-americano chegou a anunciar taxação de 10% sobre importações, mas, pouco depois, as tarifas subiram para 50% sobre as exportações brasileiras.
Na ocasião, os países do Brics divulgaram no Rio de Janeiro uma declaração conjunta criticando o aumento indiscriminado de tarifas. Agora, o grupo volta a discutir estratégias conjuntas para enfrentar os impactos do tarifaço no comércio global.
Durante a reunião desta segunda-feira, Lula, que atua como anfitrião, fará a declaração de abertura. Além das tarifas impostas pelos EUA, a pauta inclui a guerra na Ucrânia, conflito em Gaza e reformas na ONU e na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Apesar do tom crítico às políticas norte-americanas, Lula tem adotado postura de cautela em relação a Trump, evitando ataques diretos e reforçando o discurso em defesa do multilateralismo e da soberania nacional.
COP30 em Belém
Outro ponto que o presidente pretende destacar é o convite para que os países do Brics participem da COP30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).
Lula já afirmou que está enviando convites pessoais a chefes de Estado, incluindo Trump, ressaltando que a próxima edição será “a COP da verdade”, com foco no protagonismo dos países amazônicos.
Presidência brasileira no Brics
O Brasil assumiu a presidência rotativa do Brics em 2025, mandato que vai até 31 de dezembro. A coordenação do bloco segue a ordem das iniciais do acrônimo, garantindo rodízio entre os membros.
Embora a reunião não deva resultar em uma declaração oficial, a expectativa é que os países usem o encontro para marcar posição política e reforçar a busca por alternativas frente ao protecionismo norte-americano.
Com informações do SBT News
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