Prefeitura prevê R$6,97 bilhões em receitas e investimentos, com foco em ajuste fiscal e continuidade de obras
A Câmara Municipal de Campo Grande começou a analisar, nesta segunda-feira (1º), a Lei Orçamentária Anual (LOA) que define o orçamento da cidade para 2026 e o plano de metas que vai guiar a administração até 2029. Os documentos foram entregues pela prefeita Adriane Lopes ao presidente da Casa, vereador Epaminondas Neto, o Papy, em cerimônia realizada na sede do Legislativo.
O orçamento previsto para o próximo ano é de R$ 6,97 bilhões, valor 1,49% superior ao estimado para 2025. A proposta detalha como a prefeitura pretende arrecadar e aplicar os recursos, abrangendo áreas como saúde, educação, programas sociais, infraestrutura e revitalização de espaços públicos.
Durante a entrega, Adriane ressaltou que as previsões foram elaboradas em um cenário de cautela, marcado pela Reforma Tributária e pela necessidade de manter as contas equilibradas. “Estamos vivenciando um Plano de Equilíbrio Fiscal, diminuindo os gastos da máquina pública para investir na cidade. Temos ainda a preocupação da Reforma Tributária, então estamos com bastante cautela, pé no chão, pensando nos impactos que a cidade pode vivenciar”, disse.
O presidente da Câmara destacou que a análise será feita com atenção e defendeu a importância da participação popular. “Nós temos aqui nas nossas mãos dois materiais muito importantes porque eles definem diretamente a vida do cidadão. Com o que a prefeitura vai gastar o dinheiro nos próximos quatro anos. Isso passa na mão da Câmara de Vereadores, para ser analisado com muita seriedade e responsabilidade”, afirmou Papy.
Já a secretária municipal de Fazenda, Márcia Hokama, lembrou que os gastos com pessoal representam hoje 52,99% da Receita Corrente Líquida, índice abaixo do limite legal de 54%, mas acima do patamar prudencial de 51,3%. “Você diminui este índice, com aumento da receita e diminuição das despesas, só tem essa fórmula. É o que estamos buscando com nosso Plano de Equilíbrio Fiscal, a fim de enquadrarmos dentro do que precisamos”, disse.
O plano de metas para o período de 2026 a 2029 prioriza a conclusão de obras já iniciadas e projetos com recursos assegurados. Entre eles estão a construção de um Complexo Hospitalar Municipal, a conclusão de dez escolas de educação infantil, a reforma do Centro Municipal de Belas Artes, além de novos empreendimentos de lazer e turismo, como o Parque Turístico Cachoeiras do Céuzinho e um sambódromo na Praça do Papa.
Agora, os dois projetos seguem para análise da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, sob relatoria do vereador Otávio Trad. O processo prevê a realização de audiências públicas, onde a população poderá apresentar sugestões e reivindicações. As propostas, depois de receberem emendas parlamentares, precisarão ser votadas em duas sessões até o fim do ano para que entrem em vigor em 2026.
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