Com o objetivo de trazer mais segurança para servidores municipais que atuam na área da Saúde e da Educação, bem como para mulheres em situação de violência doméstica, a prefeitura de Campo Grande lançou, nesta quarta-feira (13), o programa Proteja +CG, uma família de aplicativos que podem ser acionados em situações de perigo e ter uma atuação ágil da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Durante o evento de lançamento, a prefeita da Capital, Adriane Lopes (PP), explicou que o projeto nasceu de uma esforço conjunto das secretárias e da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação de Campo Grande), para que o aplicativo que começou a ser usado nas escolas municipais passassem também a ser adotado pela Casa da Mulher Brasileira e nas unidades de saúde.
“Nós já fazemos isso na Educação, onde todos os profissionais que trabalham dentro de uma escola têm acesso à um aplicativo que tem um botão e, quando acionado, acessam a base da Guarda Civil Metropolitana através do celular, gerando uma resposta rápida. Agora, estamos trazendo esse programa para a Casa da Mulher Brasileira, dando às mulheres vítimas de violência a possibilidade de pedirem socorro, acionando a GCM de onde estiverem. É preciso rapidez em um momento de urgência”, afirmou.
A família de aplicativos também abrange o Protege +Saúde, voltado exclusivamente para profissionais que atuam em unidades de saúde de Campo Grande. A ferramenta é uma resposta à triste realidade vivida por médicos, enfermeiros e outros funcionários destes locais que, muitas vezes, precisam lidar com agressões de pacientes ou acompanhantes. Dados apontam que, no Brasil, 8 a cada 10 profissionais da área afirmam terem sido vítimas de agressão no ambiente de trabalho, que afeta diretamente o rendimento e qualidade de vida deles, que podem desenvolver doenças como ansiedade e depressão, além de outros transtornos psíquicos.
“Não vamos esperar que a violência bata à porta para agir. Estamos criando ferramentas e estratégias para proteger quem cuida da nossa cidade, seja na saúde, nas escolas ou em qualquer outro espaço”, destacou.
O sistema é seguro e gerenciado pela Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) que, por meio do aplicativo Proteja+CG acompanha todas as ocorrências em tempo real, garantindo um atendimento rápido e eficiente.
Em nota oficial, a Agetec informou ao O Estado que os aplicativos estarão disponíveis para download nas lojas oficiais (Google Play e App Store) e que para evitar usos indevidos e proteger a integridade do serviço, cada secretaria responsável realizará triagem e validação de acesso, incluindo confirmação de identidade e vínculo funcional, antes da liberação do uso.
“O funcionamento requer conexão com a internet e GPS habilitado no aparelho. Essa exigência é necessária para garantir que as informações de localização sejam transmitidas à Guarda Civil Metropolitana. Entretanto, a Agetec avalia alternativas tecnológicas que possam, futuramente, oferecer mecanismos de contingência em cenários de ausência de conexão”, informou.
Por Ana Clara e Inez Nazira
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