BRICS lança iniciativa para ampliar produção de medicamentos no Brasil e em países aliados

Foto: Tânia Rego
Foto: Tânia Rego

Durante cúpula no Rio, ministro destaca retomada da fabricação de insulina e critica ataques à OMS e à vacinação

Os países que formam o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) lançaram nesta segunda-feira (7) uma nova parceria voltada para a eliminação de doenças ligadas a fatores sociais. A proposta, apresentada durante a 17ª cúpula do grupo no Rio de Janeiro, pretende reforçar a capacidade de produção de vacinas e medicamentos em seus próprios territórios.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que essa união aumenta a autonomia dos países, com foco especial no Brasil, que voltou a produzir insulina humana após ter interrompido a fabricação por um período. “Isso garante a segurança e a soberania para os países do Brics, em especial o Brasil. O Brasil hoje voltou a produzir insulina humana. A gente tinha deixado de produzir”, disse o ministro.

Ele citou ainda a cooperação já existente com Índia e China para a produção de medicamentos contra a tuberculose, destacando que o fortalecimento da capacidade interna reduz a dependência de insumos de outras nações.

Segundo Padilha, além do impacto direto na saúde pública, a iniciativa também representa um posicionamento político dos BRICS diante de ações recentes de governos que questionam instituições globais. “Estamos vivendo um momento em que presidentes de países criticam a Organização Mundial de Saúde, reduzem o financiamento da OMS, fazem campanha contra a vacina, saem de grupos internacionais produtores de vacina. Os Brics estão fazendo um contraponto a isso. Eles estão dizendo aqui que saúde e a vida importam”, afirmou.

Durante o encontro, Padilha também anunciou que o Brasil apresentou ao Novo Banco de Desenvolvimento, o banco do BRICS, um projeto de R$ 1,5 bilhão para criar um instituto tecnológico de medicina inteligente em parceria com a China. A proposta prevê a construção de um hospital com esse modelo e a implantação da tecnologia em unidades de terapia intensiva espalhadas pelo país.

 

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