Manifestantes do MPL (Movimento Popular de Luta) se reuniram na manhã desta segunda-feira (26) em frente à sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), na região central de Campo Grande, para cobrar avanços na política de assentamento de famílias em Mato Grosso do Sul. O protesto resultou em uma reunião agendada com a superintendência regional do órgão às 9h.
Além de moradores da Capital, participaram da mobilização representantes de municípios como Mundo Novo, Paranhos, Anaurilândia e Nova Alvorada do Sul. Segundo o MPL, o objetivo é pressionar o governo federal e o Incra por ações concretas, após anos de paralisação na reforma agrária no estado.
Jonas Carlos, representante do movimento, afirma que a reunião desta segunda-feira é fruto de meses de mobilizações e tem como principal pauta o assentamento de famílias e o repasse de recursos federais para garantir infraestrutura nas áreas destinadas.
“O Estado não realiza assentamentos há mais de 12 anos. Existe um compromisso do presidente Lula em retomar esse processo e a superintendência do Incra se comprometeu a mapear áreas para aquisição. Estamos aqui para cobrar o que foi prometido”, disse Jonas.
Segundo ele, a reunião deve avaliar o andamento das tratativas iniciadas em encontros anteriores e verificar se houve avanços concretos.
O superintendente regional do Incra em Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto da Silva, confirmou que o encontro já estava previamente marcado e que o órgão está disposto a dialogar com os manifestantes. “O mapeamento das terras já está pronto. A pauta deles deve avançar bem. Vamos ouvir os questionamentos para seguir com o diálogo”, afirmou.
Apesar do clima de tensão inicial, a mobilização transcorreu de forma pacífica, sem interferência no tráfego ou registro de ocorrências.
O MPL promete manter a pressão por novas áreas de assentamento e investimentos públicos para garantir dignidade às famílias que lutam pela reforma agrária no estado. A expectativa do movimento é de que novas reuniões com representantes federais em Brasília sejam agendadas nas próximas semanas.
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