Iniciativa interministerial inclui oito novas cozinhas em sete estados, agentes de economia solidária e reforça compromisso com moradia, alimentação e geração de renda
O secretário Nacional de Economia Popular e Solidária, Gilberto Carvalho, representou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (22/4) na cerimônia de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica para as Cozinhas Solidárias da Rua e da portaria que estabelece prioridade no Programa Minha Casa, Minha Vida para a população em situação de rua. A iniciativa é coordenada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em parceria com o MTE, o Ministério das Cidades (MCID) e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O evento foi realizado no auditório do MDHC, em Brasília.
O acordo prevê a instalação de oito Cozinhas Solidárias em sete estados brasileiros: Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Antônio Carlos (SC), Curitiba (PR), Boa Vista (RR) e duas unidades em São Paulo — uma na capital e outra em São Bernardo do Campo. Cada cozinha contará com o acompanhamento de um agente de economia popular e solidária, vinculado ao Programa de Formação Paul Singer, atualmente em fase de implementação pelo MTE.
A iniciativa tem como objetivo enfrentar a fome e a insegurança alimentar, ao mesmo tempo em que promove a economia popular e solidária por meio de ações de inclusão, geração de renda e fortalecimento de vínculos comunitários. Para garantir a estruturação e o funcionamento das cozinhas, foi firmado um contrato entre a Fundação Banco do Brasil e o Instituto em Rua.
Para o secretário Gilberto Carvalho, é inadmissível que ainda haja pessoas vivendo em situação de rua no Brasil. “É importante avançarmos nessas questões, ampliando o nosso trabalho para chegarmos no ano que vem felizes por termos conseguido reduzir drasticamente essa situação de dureza e miséria”, destacou.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou os avanços significativos no combate à fome no país. “Conseguimos reduzir a fome em 85% em relação ao ano de 2022. Estamos alcançando o mais baixo indicador de extrema pobreza, pobreza e desigualdade da história do nosso país”, lembrou o ministro.
A coordenadora do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (CIAMP-Rua), Joana D’ark Bazílio, destacou a relevância do momento para o movimento social. “Esse é um tripé que constroi o processo de saída de rua, com moradia, emprego e geração de renda e segurança alimentar garantida para as pessoas”, afirmou Joana.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, fez um apelo contra a intolerância e os discursos de ódio nas redes sociais, que, segundo ela, incitaram recentemente atos de violência contra pessoas em situação de rua. “Nós temos muito o que fazer do ponto de vista nas políticas cotidianas para mudar a condição material de vida efetiva das pessoas. Mas coletivamente temos uma tarefa maior, que é a de não nos calar diante da intolerância e da cultura de ódio”, finalizou a ministra.
Também estiveram presentes no evento o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho; o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Guimarães Morais; e o representante do Instituto Nacional de Direitos Humanos da População em Situação de Rua (InRua), Leonildo Monteiro.
Com informações da Agência Gov.
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