Morte de bebê de 10 meses em Campo Grande levanta suspeita de maus-tratos e negligência

Foto: divulgação
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A morte de um bebê de 10 meses, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (14), no bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande, está sendo investigada pela Polícia Civil. Vizinhos relataram às autoridades que a família da criança vivia em condições insalubres e que os irmãos do bebê, duas crianças de três e seis anos, eram frequentemente vistos nas ruas, com as mesmas roupas sujas e sinais de abandono.

Segundo testemunhas, a residência da família apresentava comida estragada, roupas amontoadas e falta de higiene. A família havia se mudado para o imóvel há cerca de três meses. Na madrugada da morte, a mãe do bebê pediu ajuda a uma vizinha para cuidar dos filhos mais velhos, alegando que levaria o caçula a uma unidade de saúde.

De acordo com os relatos, a mulher deixou a residência por volta das 4h da manhã com o bebê, utilizando um serviço de mototáxi por aplicativo. A criança estaria vestida apenas com uma calcinha, conforme informou a vizinha. Ainda segundo moradores da região, na última sexta-feira (11), o bebê já apresentava sintomas respiratórios e chegou a ser levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não teria sido atendido.

O delegado Roberto Carlos Morgado Pires, responsável pela investigação, afirmou que a Polícia Civil ainda não confirma as informações preliminares e aguarda a definição da causa da morte por meio de laudos oficiais. Os pais das crianças estão sob custódia e devem ser ouvidos nas próximas horas.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) informou que a criança deu entrada na UPA Universitária já em óbito, trazida pelo Corpo de Bombeiros Militar. Segundo o comunicado, a criança não estava acompanhada dos pais ou de qualquer responsável legal no momento da chegada à unidade. Confira o comunicado na íntegra.

“A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) esclarece que uma criança de 10 meses de idade chegou à UPA Universitária em óbito, o ocorrência foi registrada ainda nesta segunda-feira (14), encaminhada pelo Corpo de Bombeiros Militar. A criança estava desacompanhada dos pais ou de qualquer responsável legal.
O corpo foi recolhido pela funerária responsável. A SESAU lamenta o ocorrido e destaca que demais informações devem ser feita às autoridades policiais.”

As duas outras crianças da família estão sob responsabilidade provisória de vizinhos, enquanto o Conselho Tutelar acompanha o caso. Ainda não há definição oficial sobre a guarda das crianças, que devem passar por avaliação médica e psicológica.

O caso é tratado como suspeita de maus-tratos até que a causa da morte do bebê seja confirmada. O inquérito segue sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

 

Com colaboração da repórter Inez Nazira

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