Caso Sophia: defesa nega omissão por parte de Stephanie

Foto: Roberta Martins
Foto: Roberta Martins

Durante o segundo dia de julgamento perante o júri, nesta quinta-feira (5), a defesa de Stephanie de Jesus da Silva, 26, acusada de matar a filha, Sophia Ocampo, aos 2 anos de 7 meses, em janeiro de 2023, tenta convencer os jurados  que a narrativa de que a mãe foi omissa no crime não aconteceu.

No debate, os três advogados se basearam na informação que a morte da menina aconteceu quatro horas antes dela ser levada à Upa (Unidade de Pronto Atendimento), e não oito horas como havia sido mencionado no atestado de óbito e constatado pelo médico legista.

A defesa relembrou sobre o que aconteceu antes da morte: o episódio do banheiro, quando o Christian sai com Sophia no colo desmaiada. “Como a promotoria disse, o local foi alterado. O banheiro da casa sofreu alterações e isso foi feito pelo Christian e não por ela”, argumentou.

Além disso, os advogados mudaram o foco das teses, trazendo a violência doméstica sofrida por Stephanie como um dos pontos dela ser encarada como vítima e não como acusada. “Ela foi vítima de violência doméstica por cinco meses. As coisas poderiam ser diferentes se ele tivesse morto hoje, aí ela seria heroína nessa história”, pontuou.

Ao fim, os advogados tentam convencer os jurados de que, na verdade, o responsável pela morte da pequena é Christian. “Ela não omitiu a morte da Sophia. Hoje ela está aqui por um crime que foi ele que cometeu. Ela era vulnerável e vitima do Christian. Ela não merece pegar a mesma pena de morte dele, que foi o autor. Se fosse premeditado ela não iria levar a filha na Upa””, afirmou.

Entenda o caso

No dia 26 de janeiro de 2023, Sophia foi levada até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antônio, em Campo Grande, pela mãe Stephanie de Jesus Silva, 26 anos, já sem vida. Laudo médico atestou que a menina estava morta há algumas horas, vítima de trauma raquimedular na coluna cervical (nuca) e hemotórax bilateral (hemorragia e acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica).

De acordo com a investigação, a menina sofreu violência ao longo dos 2 anos de vida, sendo vítima de castigos que resultaram em hematomas por todo o corpo. Exame necroscópico também apontou que a pequena tinha ruptura cicatrizada do hímen, sinal de que sofreu violência sexual.

Com participação Brenda Oliveira

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