Arte contemporânea é celebrada em extensão da Galeria Mara Dolzan, com obras nacionais e internacionais

Foto: divulgação/assessoria
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Obras do artista Carlos Araújo são destaque em novo espaço

 

Com 40 anos de história de promoção, divulgação e amor pela arte, a Galeria Mara Dolzan começa mais um ciclo: nesta terça-feira (26), a partir das 19h30, irá inaugurar uma extensão da galeria, no espaço Quotus Investimentos, do banco Safra, na Avenida Hiroshima, 1059, Carandá Bosque. A inauguração e homenagem a história do espaço artístico promete reunir amantes da arte em um ambiente onde a cultura e a sofisticação se encontram.

A nova extensão da galeria exibirá uma seleção de obras contemporâneas que reflete o compromisso da galeria em promover a arte de qualidade. Entre os destaques estão os quadros do artista Carlos Araújo, conhecido por sua técnica única e sensibilidade artística, além de outros nomes expressivos do cenário artístico nacional e internacional.

Para o jornal O Estado, Mara Dolzan conta que o convite para a extensão da galeria no espaço Quotus Investimentos surgiu da possibilidade de unir a arte e o universo do mercado financeiro.

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“Foi a partir de uma conversa com meu amigo de longa data, José Marques, que acreditou no potencial dessa união, e sou imensamente grata a ele por ter sido a ponte que possibilitou essa oportunidade. Após essa apresentação, a diretoria da Quotus demonstrou interesse em conhecer mais sobre o trabalho da galeria e a visita solidificou a confiança e o alinhamento entre nossos objetivos. Acredito que essa união trará resultados significativos”, explica.

“A união entre o mundo das artes e o mercado financeiro reflete uma convergência natural de valores: visão de longo prazo, sofisticação e investimento. Assim como o mercado financeiro busca identificar ativos de alto potencial, as artes plásticas oferecem obras que não apenas encantam pela sua beleza, mas também representam investimentos tangíveis e de valorização contínua. Essa parceria também é uma forma de promover novos talentos, abrindo espaço para artistas sul-mato-grossenses ganharem destaque” complementa.

Dolzan acredita que a extensão da galeria simboliza um marco na expansão da arte contemporânea em Mato Grosso do Sul, além do reconhecimento do trabalho desenvolvido por ela ao longo das quatro décadas.

“A iniciativa não só amplia a presença da Galeria, mas também cria uma oportunidade única de apresentar obras de arte contemporânea a um público selecionado e direcionado que frequentam o espaço. Esta parceria reforça o compromisso da Galeria e da Quotus Investimentos de financiar a cultura e valorizar a arte como uma experiência acessível e transformadora para diferentes públicos”.

Obras

O destaque desta nova parte da galeria são as obras do pintor Carlos Araújo, que já expôs em Paris, Bruxelas e Roma. Com elementos da pintura renascentista em seus traços, as obras de Araújo passam pelas inspirações sociais e reais, até elementos bíblicos.

“O nome de Carlos Araújo está ligado a anos com a história da galeria. Ao longo de nossa parceria, realizamos três exposições individuais de suas obras, incluindo o lançamento de uma edição especial da Bíblia, com prefácio de Bento XVI, que foi apresentado no Vaticano e contornado com suas ilustrações”, relembra Dolzan.

A galeria

Fundada em 1984 por Mara Dolzan, a Galeria se consolidou como pioneira na difusão das artes plásticas em Mato Grosso do Sul. Apaixonada pela arte contemporânea, Mara sempre buscou valorizar as tendências regionais, promovendo um acervo diversificado que contempla tanto talentos emergentes quanto consagrados.

A atual sede da galeria, inaugurada em 1999, foi projetada para ser um espaço versátil e funcional, o que lhe rendeu reconhecimento nacional, incluindo menção na Revista Vogue como uma das galerias de referência no Brasil.

Em 2020 a Galeria expandiu sua presença internacional ao ser convidada para participar da XIII Bienal de Roma, representada pelo artista Ary Corrêa Jr. Em 2022, a exposição GEMALLIO – Itália/Brasil, realizada na histórica Basílica de San Lorenzo em Lucina, em Roma, foi organizada por Livia Bucci e Mara Dolzan. O espetáculo “Além das Fronteiras” destacou-se como uma oportunidade para o público romano apreciar a riqueza e diversidade da arte ítalo-brasileira. Em 2024, a Galeria recebeu o convite especial do jornalista Davide Federici e marcou presença na Bienal de Veneza.

“Esses passos internacionais não apenas promoveram o reconhecimento de artistas regionais, como também ampliaram o alcance da Galeria, que passou a ser vista como um espaço que conecta a arte local com um público mundial. Para mim, essas vivências foram transformadoras, pois proporcionaram um olhar mais apurado sobre as tendências contemporâneas e reafirmaram a importância de fomentar a arte como um patrimônio cultural de relevância global. Esses momentos de projeção não apenas valorizam os artistas representados, mas também ampliam o impacto cultural da Galeria, tornando-a uma ponte entre o local e o universal”, destaca Dolzan.

A tantos anos no ramo, Mara Dolzan acredita que a arte em Mato Grosso do Sul enfrenta os desafios da cultura de massa, e que é preciso um olhar apurado tanto do artista quanto do público.

“O lema da Galeria Mara Dolzan sempre foi o ‘lapidar do olhar’, algo que exige tempo, reflexão e dedicação. A verdadeira obra de arte é viva, carrega sentimento e singularidade. É fundamental trabalhar para reeducar o olhar, fortalecer a importância da arte como um bem cultural e emocional, e promover a valorização de artistas que criam peças únicas e orientações de significado. Isso exige um esforço contínuo de educação e avaliação, algo que sempre busquei por 40 anos de trabalho na Galeria”, reforça.

Para quem for visitar o novo espaço, Dolzan quer que o público crie o sentimento de valorização da arte.

“Espero que essa experiência desperte questionamentos, emoções e uma conexão genuína com as peças, levando-os a refletir sobre o significado e vivenciar a energia que elas transmitem. Além disso, desejo que essa iniciativa inspire a prosperidade e a expansão do cenário da arte contemporânea em nosso estado, consolidando ainda mais a sua relevância cultural”, finaliza.

 

Por Carolina Rampi

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