Explosão em Brasília reabre debate sobre radicalismo e polarização política

Foto: Agência Brasil
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Após a explosão de bombas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13), líderes políticos expressaram preocupações sobre a radicalização e a necessidade de diálogo no país. Em meio a declarações de repúdio e apelos por moderação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou uma nota em suas redes sociais, lamentando o episódio e fazendo um apelo pela pacificação.

Bolsonaro defendeu um ambiente onde as ideias possam ser confrontadas de forma pacífica e disse que “já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente”. Em sua nota, ele repudiou qualquer ato de violência, classificando a explosão como “um fato isolado” possivelmente motivado por problemas de saúde mental do autor, Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em 2020.

O ex-presidente é alvo de investigações pela Polícia Federal relacionadas aos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram edifícios governamentais em Brasília. Ele também é investigado por disseminação de informações falsas contra as urnas eletrônicas e suspeitas de envolvimento em um possível plano contra o Estado democrático de Direito. No texto, Bolsonaro defendeu as instituições e reforçou a importância do diálogo entre as forças políticas para fortalecer a democracia e a liberdade no país.

PSDB alerta para os riscos do radicalismo

Em resposta ao ataque, a Executiva Nacional do PSDB emitiu uma nota expressando preocupação com o crescimento do radicalismo e afirmando que “mais do que nunca nosso país precisa de moderação”. A legenda declarou que os atos violentos recentes, incluindo o ataque de 8 de janeiro de 2023 e a bomba no aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, são reflexos da extrema polarização. Para o partido, o radicalismo da direita extrema é intensificado pelo extremismo da esquerda, que contribui para o ambiente de instabilidade.

“O atentado terrorista de 13 de novembro de 2024 deve ser entendido como fruto da irracionalidade extremista”, afirmou a cúpula do partido, pedindo um combate ao extremismo, ao radicalismo e à polarização.

 

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