Dorival prevê duelo difícil com antepenúltimo colocado
Brasil e Venezuela duelam nesta quinta-feira, às 17h (de MS), no Estádio Monumental de Maturín, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Com 16 pontos em 11 jogos, o time brasileiro é o quarto colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas. Por sua vez, o venezuelano está na oitava posição com 10 pontos e o mesmo número de partidas.
O técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva na manhã de ontem (12) e falou sobre suas expectativas para a partida, que para ele, será muito dura e complicada.
“É um ambiente difícil. O futebol venezuelano vem crescendo bastante nos últimos anos. Já começaram a aparecer alguns atletas ao redor do mundo, inclusive aqui (futebol brasileiro). É uma equipe que em casa é muito forte, estão invictos há cinco jogos lá. Não pensem que teremos um jogo simples”, avisa Dorival.
“Esqueçam aquela fragilidade de Bolívia, Venezuela, pois a ordem do futebol mudou. A nossa equipe ainda pode oscilar neste processo, mas há uma confiança muito grande no que está sendo feito”, argumentou o comandante brasileiro.
Além disso, ele confirmou a escalação do Brasil que irá a campo nesta quinta. Dorival Júnior também falou sobre a escolha de Gerson, do Flamengo, no lugar de Paquetá.
Segundo o treinador, todos os atletas do elenco podem ser utilizados e não há reservas em sua visão. “Não existe um titular absoluto. O momento do Gerson é espetacular no Flamengo, não podemos ignorar isso. O Paquetá também tem a minha total confiança, ele sabe disso. É um jogador de muito bom nível”, disse o técnico. “Nesta quinta ele pode entrar e fazer uma bela partida. Não é porque não está iniciando que pode ser considerado reserva. Todos aqui podem entrar ou até começar como titulares em algum momento”, completou o treinador.
Tranquilidade marca preparação
A seleção brasileira voltou para Belém sem a comoção causada em setembro de 2023. O clima no Pará é bem diferente de quando o Brasil enfrentou a Bolívia, na estreia das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Sem Neymar e com desempenho irregular, a seleção de Dorival Júnior atrai poucas pessoas no hotel e nas idas e voltas para os treinamentos no Mangueirão.
Outro agravante é que, dessa vez, o Brasil apenas treina e não vai jogar no Mangueirão. Na última visita, o técnico era Fernando Diniz e havia a expectativa pelo começo do Dinizismo no estádio olímpico do Pará.
No ano passado, a fachada do hotel virou um evento. Milhares de pessoas praticamente fechavam a rua diariamente. E o ônibus era carregado nas ida aos treinamentos.
Nessa semana, poucas pessoas passaram pelo local. O movimento aumenta um pouco à noite, mas não se compara com 2023.
A CBF escolheu Belém pela boa estrutura e proximidade com a Venezuela, local da partida desta quinta-feira (14), em Maturín. A seleção viajou no fim da tarde de ontem em um bate e volta no país.
A preparação na Granja Comary, no Rio de Janeiro, geraria uma viagem mais desgastante. E não haveria bom campo para a seleção brasileira treinar na Venezuela.
Raphinha herda a camisa 10
A CBF divulgou a numeração dos 23 convocados para os dois compromissos da seleção nesta Data Fifa, contra Venezuela e Uruguai.
Sem Neymar e Rodrygo, a camisa 10 será utilizada por Raphinha. O jogador do Real Madrid vinha usando a numeração durante a recuperação de Neymar, mas se machucou na última semana e foi cortado da seleção.
Vini Jr. voltará a vestir a camisa 7 do Brasil. O atacante não participou da última Data Fifa devido a lesão, e a numeração foi herdada por Andreas Pereira na ocasião ?que agora volta a usar a 19.
Igor Jesus é o novo 9 da equipe de Dorival Jr. O último “dono” da camisa foi Endrick, que não foi chamado pelo técnico nesta convocação.
Veja a numeração
– Goleiros: Bento – 12, Ederson – 23, Weverton – 1;
– Laterais: Danilo – 2, Vanderson- 13, Guilherme Arana – 6, Abner – 16;
– Zagueiros: Léo Ortiz – 3, Gabriel Magalhães – 14, Marquinhos – 4, Murillo – 17;
– Meias: André – 18, Andreas Pereira – 19, Bruno Guimarães – 5, Gerson – 15, Lucas Paquetá – 8, Raphinha – 10;
– Atacantes: Estevão – 22, Gabriel Martinelli – 11, Luiz Henrique – 21, Igor Jesus – 9, Savinho – 20, Vinicius Júnior – 7.
Por Joao Pedro Cardoso da Silveira, Gazeta Press
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