Das cem cidades mais ricas em produção, dez são de MS

Foto: Divulgação
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Entre os 100 municípios mais ricos em produção agrícola do Brasil, 67 estão situados na região do Centro-Oeste. Em Mato Grosso do Sul o top 10 das cidades mais ricas do agro é formado por Maracaju, Ponta Porã, Sidrolândia, Dourados, Rio Brilhante, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Nova Alvorada do Sul e Naviraí. A lista leva em consideração a produção de 2023 e é resultado da pesquisa PAM (Produção Agrícola Municipal) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Sobre o levantamento, a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) informou que “na safra 2022/2023, Maracaju produziu mais de 3,22 milhões de toneladas de soja e milho; Ponta Porã produziu 2,39 milhões de toneladas; Sidrolândia 2,26 milhões de toneladas; Dourados, 1,95 milhão de toneladas; Rio Brilhante 1,3 milhão de toneladas ; Costa Rica 721,8 mil toneladas de soja e milho; São Gabriel do Oeste 1,2 milhão de toneladas de soja e milho produzidos; Chapadão do Sul 845,9 mil toneladas; Nova Alvorada 508,2 mil toneladas e, por fim, Naviraí com pouco mais de 832,3 mil toneladas”, aponta sobre a produção das cidades.

Ainda segundo dados do IBGE, no Centro-Oeste, 41 municípios são de Mato Grosso, 14 em Goiás e um em Brasília. Sorriso (MT) continua sendo o maior produtor de grãos e obteve o maior valor de produção entre os municípios, respondendo por 1,0% do total do valor da produção agrícola nacional em 2023. A pesquisa revelou ainda que o valor de produção das principais culturas agrícolas do país caiu 2,3% em 2023 frente a 2022 e alcançou R$ 814,5 bilhões.

A safra de grãos a nível nacional, por outro lado, bateu recorde, alcançando 316,4 milhões de toneladas, volume 19,6% maior do que a produção do ano anterior. A área plantada do país, considerando todas as culturas, totalizou 96,3 milhões de hectares, uma ampliação de quase 5,0 milhões de hectares, ou seja, expansão de 5,5%, mantendo o ritmo de crescimento observado ao longo dos últimos anos.

“Após a escassez de água em 2022 ter afetado o desempenho das lavouras naquele ano, principalmente a produção de grãos, em 2023 percebemos que as chuvas foram mais bem distribuídas durante todo o período, desde o plantio até a colheita. Isso fez com que tivéssemos uma recuperação da produtividade dessas lavouras, o que impactou diretamente no aumento da produção no ano”, destaca Winicius Wagner, supervisor da pesquisa.

Recordes de produção nacional
Por outro lado, o pesquisador do IBGE pontuou como fator conjuntural relevante que, com o aumento na produção de grãos, o mercado se autorregulou e houve queda nos preços desses produtos, aspecto que explica a queda no valor de produção das culturas agrícolas em 2023. Soja, cana-de-açúcar, milho e algodão registraram recordes de produção na série histórica e, somados ao café, foram os cinco primeiros produtos no ranking de valor de produção, com resultados variados na comparação entre 2022 e 2023: soja (0,4%), cana-de-açúcar (8,5%), milho (-26,2%), café (-15,2%) e algodão (-9,0%).

“A safra recorde de grãos pode ser justificada, além da recuperação na produtividade, pela manutenção do ritmo de ampliação das áreas de cultivo, visto que ao longo dos anos as áreas vêm se ampliando em uma média de aproximadamente 4% a 5% ao ano, o que em 2023 não foi diferente”, ressalta Winicius.

Outros produtos que registraram recorde de produção foram amendoim, alho, melão e sorgo, entre as colheitas temporárias, e azeitona, borracha, erva-mate e uva, entre as colheitas permanentes. Entre os municípios, o destaque na produção agrícola, pelo quinto ano consecutivo, foi Sorriso (MT), o município destacou-se também, mais uma vez, como o município com maior valor gerado com a produção de soja (R$ 5,0 bilhões), milho (R$ 2,1 bilhões). Destaca-se no município, ainda, a produção de algodão (em caroço), com R$ 1,0 bilhão, e a cultura do feijão (R$ 185,8 milhões).

Por Suzi Jarde

 

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