Celulose aumenta crescimento de florestas em 275 mil hectares em MS

Foto: Semadesc
Foto: Semadesc

O Estado se consolida como o segundo com maiores áreas de florestas plantadas no Brasil

Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem registrado um crescimento nas áreas destinadas a florestas plantadas, uma tendência ligada ao aumento da demanda pela indústria de celulose. As florestas plantadas, predominantemente de eucalipto, são vistas como uma solução eficiente para suprir as necessidades do setor de celulose e papel. Dados divulgados pelo projeto Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) indicam um aumento das áreas ocupadas por florestas plantadas em Mato Grosso do Sul, registrando um crescimento de 15% em relação ao ano de 2023.

Ao todo, houve um crescimento de aproximadamente 275 mil hectares de florestas plantadas de um ano para outro. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com seis unidades de produção de celulose, o que torna o estado o segundo maior em área de florestas plantadas no Brasil, totalizando 1,5 milhão de hectares.

Com seu rápido crescimento e ótimo aproveitamento de recursos, as plantações se tornaram importantes para o abastecimento das indústrias que se estabeleceram na região devido ao potencial econômico do cultivo. Segundo a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação), quase 100% desta área é dedicada ao cultivo de eucalipto, principalmente voltado para a indústria de papel e celulose.

Entre os 10 maiores municípios brasileiros em área de florestas plantadas, cinco estão localizados em Mato Grosso do Sul, ocupando os quatro primeiros lugares. No ranking nacional, Ribas do Rio Pardo figura em 1º lugar no Brasil, com 420,5 hectares de florestas plantadas; Três Lagoas é a 2ª, com 311,9 hectares; Água Clara se posiciona em 3º, com 163,1 hectares; Brasilândia em 4º, com 150 mil hectares; e Selvíria em 6º, com 106,5 hectares.

Investimentos e desafios enfrentados

O secretário Jaime Verruck, da Semadesc, declarou que, em função da expansão do setor, o Governo de Mato Grosso do Sul está realizando investimentos significativos na gestão e no planejamento da cadeia produtiva. “Para o futuro, o Governo vai precisar melhorar a logística. Então a gente tem um trabalho muito forte neste quesito. Em parceria com as empresas, nós concessionamos rodovias. A chamada Rota Celulose. E temos o desafio que é a questão ferroviária. Todos os nossos clientes e empresas eles estão indo pra Santos, onde eles têm seus terminais privados. Por isso temos que criar um canal adequado para levar esse produto a Santos”.

Atualmente, o setor florestal detém 15 mil empregos diretos e 12 mil indiretos. Para isso o Governo do Estado tem trabalhando junto com o Senai e o Senac para qualificação desses profssionais. Além disso a Semadesc tem uma secretaria-executiva de Qualificação Profissional e cursos que são oferecidos pela Funtrab e parceiros. Além dos benefícios econômicos diretos, como a geração de empregos, a plantação de florestas também traz vantagens ambientais, como a recuperação de áreas degradadas e a mitigação das mudanças climáticas.
Em relação a qualificação profissional e a geração de empregos, o Secretário ressaltou que projetos voltados ao reflorestamento contribuem para o desenvolvimento economico e social de Mato Grosso do Sul. “Temos projetos gigantescos e vivemos uma escala de crescimento que depois ela acaba estabilizando. Temos a segunda maior área do eucalipto do País, o que foi confirmado isso pelo relatório do próprio Ibá. Esse setor tem uma participação do PIB de 17,8 %. Ou seja, ele é relevante para o Estado. Então, a gente apoia integralmente, porque até agora ele só proporcionou desenvolvimento, qualidade de vida e inclusão para o Mato Grosso do Sul

Por João Buchara

 

Confira as redes sociais do O Estado Online no  Facebook e Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *