FFMS convoca assembleia para julgar atos do presidente afastado Francisco Cezário

Foto: reprodução
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A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) convocou uma assembleia geral extraordinária para o julgamento administrativo dos “supostos atos de gestão irregular e temerária” praticados por Francisco Cezário de Oliveira, 78 anos, presidente afastado da entidade. O cartola, conhecido por sua longa permanência no cargo, comandava a federação há quase 28 anos e estava em seu sétimo mandato, com previsão de encerrar em 2027.

A reunião será realizada no dia 14 de outubro, às 14h, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Campo Grande. A convocação foi feita pelo presidente interino da FFMS, Estevão Petrallás. Durante a assembleia, Cezário terá 30 minutos para apresentar sua defesa. Caso os membros da federação decidam por sua destituição, uma nova eleição será agendada para preencher o cargo vago na presidência.

Operação Cartão Vermelho

Francisco Cezário foi afastado após a operação Cartão Vermelho, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que apurou um desvio de R$ 6 milhões na FFMS. A federação, que recebe recursos do governo estadual e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi alvo da investigação, que durou 20 meses. No dia 21 de maio deste ano, Cezário foi preso pela primeira vez no decorrer da operação.

De acordo com o Ministério Público, o esquema criminoso envolvia a realização de saques frequentes de contas da FFMS, em valores inferiores a R$ 5 mil, para evitar alertar os órgãos de controle. Esses saques eram então divididos entre os integrantes da organização. No total, foram registrados mais de 1.200 saques, somando mais de R$ 3 milhões.

Prisões e liberações

Cezário foi preso em 21 de maio, mas conseguiu liberdade no dia 6 de junho após ser hospitalizado. Sua prisão foi novamente decretada em 27 de agosto, mas ele obteve uma nova decisão favorável e foi liberado no dia 14 de setembro. A assembleia da FFMS deverá definir os próximos passos em relação à gestão da entidade, bem como possíveis novas eleições para recomposição dos cargos.

 

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