Em 50 dias, ‘Voa Brasil’ vendeu 10 mil passagens áreas e Bonito está entre os destinos mais procurados

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Campanhas de promoções é uma das estratégias para atrair o públicos para outros municípios de MS

Lançado há cerca de 50 dias, o Programa ‘Voa Brasil’ já obteve resultados animadores para o fomento do setor de turismo. O perfil de turista visado para viajar através do programa é os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que podem ter acesso à passagem por até R$ 200 por trecho, com opções de voos para cidades de todos os estados brasileiros. Segundo o MPor (Ministério de Portos e Aeroportos), já foram reservadas mais de 10 mil passagens aéreas. E a cidade sul-mato-grossense, Bonito, é destaque entre os destinos mais procurados no Centro-Oeste, dividindo o protagonismo com o estado vizinho, Sinop em Mato Grosso.

O investimento pela internet para chamar a atenção dos turistas, foi uma das técnicas usadas, de acordo com o secretário de Governo em Bonito, Jury Neto. “Isso só reforça o trabalho que estamos fazendo de promoção da nossa cidade e assim despertando cada vez mais o interesse dos brasileiros em conhecer nossas belezas naturais. Investimos muito em marketing nos últimos 3 anos, especialmente para retomar o fluxo turístico após a pandemia”, comenta Neta, sobre a estratégia ter alcançado resultado importante.

Trabalhando para que outras cidades de Mato Grosso do Sul também possam agradar os viajantes, a Fundtur MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) vem adotando estratégias para movimentar o turismo interno no Estado, trazendo público do exterior, conforme pontuou o diretor da instituição, Bruno Wendling.

“As nossas campanhas de promoções, apoio a comercialização, participação em feiras de eventos e rodadas de negócios, tudo isso que viemos realizando tem também o objetivo de promover o estado e de atrair fluxo de turistas. Só que ela não é foca somente em um segmento de aposentados, de classes C e D que precisam de preços mais baratos para poder viajar. Nós trabalhamos com diversos tipos de públicos, até maior em termos de alcance por exemplo: ecoturismo, casais, jovens, famílias, melhor idade (de todas as classes), com isso alcançamos mais públicos”.

Segundo Wendling, as ações adotadas aqui no Estado têm causado mais efeitos, pois levam em consideração maior perfis de público o que consequentemente atrai mais os turistas e geram resultados ainda melhores do que o programa do governo federal. “Com certeza as campanhas impactam muito mais, não é atoa que saímos de 200 mil turistas/ ano, em Bonito, para 300 mil desde 2022 e 2023, e o Pantanal e Campo Grande também tem importante participação. E isso flui de 8 anos de trabalho, de foco no mercado e posicionamento estratégico. Então claro tem impacto maior”, avalia o representante do setor turístico em MS.

Apesar de o programa causar pouco impacto para os destinos sul-mato-grossenses, Wendling definiu como positivo o apoio do governo federal ao setor do turismo. “Acho válido a iniciativa, espero que aumente o número da demanda, e claro que quanto mais promoções a gente fizer mais turistas podem acessar o nosso estado e por via deste programa”.

Desde o lançamento do programa, em julho, cerca de três milhões de passagens foram ofertadas pelas companhias aéreas brasileiras para o Voa Brasil. Já nos primeiros dias, foram emitidos cerca de 10 mil bilhetes para vários destinos. Nesse premeiro mês do programa, Campo Grande ocupava o destino mais procurado no Centro-Oeste.

Destinos mais cobiçados
Os grandes centros urbanos continuam a ser os destinos mais populares entre os beneficiados, mas cidades regionais estão cada vez mais atraindo o público-alvo. Entre os destinos mais populares estão os grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. São Paulo lidera com cerca de 20 aeronaves lotadas, provenientes de 47 municípios.

Com o sucesso da primeira fase, o governo já planeja a expansão do programa. A segunda etapa está prevista para o primeiro semestre de 2025 e será voltada para estudantes de instituições públicas de ensino, como alunos do Pronatec e Prouni, ampliando o acesso de outros segmentos da sociedade ao transporte aéreo.

Por Suzi Jarde

 

Confira as redes sociais do O Estado Online no  Facebook e Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *