Repasse do trecho da BR-262 e 267marca novo passo rumo à duplicação e investimento privado
Foi publicada ontem (12), no Diário Oficial da União, a delegação de trechos da BR-262 e BR-267. As duas rodovias compõem o projeto de concessão da “Rota da Celulose” e totalizam 576,3 quilômetros, dos 870,4 quilômetros do sistema de rodovias que está nos estudos projetados pelo EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), do Governo do Estado, para serem administrados pela iniciativa privada por um período de 30 anos.
Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel afirmou durante evento nesta quinta-feira (12) que tem diversas empresas interessadas no certame. “Algumas empresas já sinalizaram que querem participar do leilão. Além disso, já conversamos com o mercado em Nova Iorque e já busquei parceria em São Paulo”, afirmou.
A delegação dos trechos da BR-262 e BR-267 sela o convênio entre os órgãos da União (Ministério dos Transportes e DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) com o intermédio da Casa Civil e do Ministério do Planejamento e Orçamento, com os órgãos estaduais: Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística) e Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos).
Por outro lado, a delegação não inclui a atuação da Polícia Rodoviária Federal, que permanecerá com suas competências nestas rodovias. As rodovias devem receber investimentos de cerca de R$ 5,8 bilhões. O prazo acordado pelo convênio só terá início a partir da assinatura do contrato entre o Estado de Mato Grosso do Sul e a futura concessionária de todo o sistema de rodovias que compõem o lote da Rota da Celulose.
Com a liberação, o Estado ganha autonomia para a exploração da rodovia BR-262, no trecho entre a divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, a partir da ponte sobre o Rio Paraná, até o encontro com a BR-163, em Campo Grande. Na BR-267 contempla parte da divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, até o encontro com a BR-163, em Nova Alvorada do Sul.
Ao Jornal O Estado, o diretor administrativo do Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Mato Grosso do Sul), Dorival Oliveira, informou que a categoria está acompanhando a pauta com atenção, mas que o acesso aos moldes contratados só ficarão mais claros após o contrato e lançamento na B3 (Bolsa de Valores do Brasil).
Conexão e duplicação
Está incluso no projeto a implantação de 83 pontos do sistema de torres de wireless, com disponibilidade de internet aos usuários e de 12 pontos de pedágio, onde circulam 120.421 eixos rodantes, sendo 82% veículos comerciais e apenas 18% de passeio. Além de 114,5 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de via marginal e 82 dispositivos, que vão proporcionar mais segurança.
A concessão contemplará um trecho de 870 km de rodovias (estaduais e federais) que passam por nove municípios do Estado, entre eles Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia.
Compreende os seguintes trechos: MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo (226,3 km); MS-338, que liga Santa Rita do Pardo e o entroncamento com a MS-395 (60,1 km); e MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a MS-338 (7,7 km); além da BR-262, ligando Campo Grande a Três Lagoas (328,2 km) e BR-267, de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul (248,1 km).
Por Thays Schneider
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