III Festival da Canção premia estudantes de Aquidauana e Campo Grande

Foto: Divulgação
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Final do festival teve dez finalistas de quatro municípios de Mato Grosso do Sul

Foi realizado na última sexta-feira (16), a terceira edição do Festival da Canção das Escolas Estaduais de MS, ‘Prêmio Helena Meirelles – 100 anos’, que tem por objetivo se tornar um espaço de formação e criação para novos talentos musicais, compositores e intérpretes da Rede Estadual de Ensino.

A final não poderia ser em outro lugar: Concha Acústica Helena Meirelles, que ainda contou com o som da dupla Alex e Iva, com um repertório de canções da eterna dama da viola. Foram ao todo dez canções selecionadas das escolas da Rede Estadual, localizadas em Aquidauana, Campo Grande, Dourados e Rio Brilhante.

A ganhadora de melhor canção desta edição foi a estudante Mariana Braga, do CEAM/AHS de Campo Grande. Já o troféu de melhor intérprete ficou para Guilherme Amority dos Santos, da escola E.E. Indígena Pastor Reginaldo Miguel, da Aldeia Alagoinha, em Aquidauana.

Todos os dez concorrentes da fase final irão receber um troféu e um certificado de participação no Festival. Além disso, serão premiados as três melhores canções e o melhor intérprete.

O Festival

Em sua 3º edição, o Festival tem por objetivos explorar o potencial educativo e social da música por meio de suas diversas ramificações e estilos, estimulando e possibilitando novos talentos musicais, compositores e intérpretes da Rede Estadual de Ensino de MS e homenagear a Instrumentista e intérprete sul-mato-grossense Helena Meirelles que completaria 100 anos no dia 13 de agosto de 2024.

As canções autorais e inéditas enviadas pelos estudantes da REE (Rede Estadual de Ensino) para análise do corpo de jurados tiveram como tema ‘Diversidade, Educação e Inclusão – A diferença nos enriquece, o respeito nos une’.

Para o gestor do NUAC (Núcleo de Arte e Cultura), professor doutor Fábio Germano da Silva, a temática de 2024 traz eixos de importância para toda comunidade escolar. “Em um mundo globalizado e interligado, não se pode pensar em Arte, sem considerar a diversidade, a inclusão e a interculturalidade com ponto de discussão para um mundo melhor. Portanto, iniciativas como essa estimulam a criatividade e a produção artística com foco de pesquisa e provoca discussões acerca de temas de grande relevância do mundo contemporâneo”.

O renomado músico-instrumentista do Mato Grosso do Sul, Guto Colato, ressalta a importância do Festival e revela sua experiência como membro do corpo de júri desta edição: “Realmente é um convite muito especial fazer parte dessa bancada como jurado. Somar de alguma maneira com a triagem de crianças tão talentosas espalhadas na rede pública de ensino do nosso Estado, para mim, seja como artista ou mesmo como cidadão é extremamente gratificante. Sabemos que a música e a arte, em muitas vezes, estão escassas, e elas surgem no próprio ambiente escolar; não haveria um lugar melhor para esse ponta pé, pois acaba sendo lá o nosso primeiro palco e o primeiro público. ”

“Então ver a alegria em cada criança de participar deste festival, que já é o terceiro, e em homenagem a nossa grandiosa artista Helena Meirelles, que é um símbolo da cultura da nossa região, e não só, mas também de uma mulher protagonista, com uma história de resistência, superação e amor; o seu toque nas cordas foi elogiado até mesmo pela revista internacional ‘Guitar Player’, enfim, se pudesse resumir isso tudo, seria gratidão. A continuidade desse trabalho de fomento a arte e a cultura, de propiciar o acesso as nossas crianças é gratificante”, Enfatiza Colato.

Homenageada

Helena Meirelles (1924-2005) foi uma das mais talentosas violeiras do Brasil, reconhecida por sua habilidade excepcional com a viola caipira. Nascida no Mato Grosso do Sul, sua carreira musical começou de maneira discreta, tocando em festas e rádios locais.

Somente aos 69 anos, seu talento foi amplamente reconhecido, levando-a a ser eleita uma das melhores “guitarristas” do mundo pela revista Guitar Player em 1994. Suas influências musicais variavam do chamamé ao cururu, e seu estilo autêntico e apaixonado cativou audiências em todo o Brasil e no exterior.

Helena Meirelles é lembrada como uma pioneira da música de viola, deixando um legado duradouro na cultura brasileira. Em 2024, celebramos o que seria o seu centenário, homenageando sua vida e contribuição inestimável à música.

Por Carolina Rampi

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