Operação de combate ao furto e a fraude de energia realizado desde fevereiro em 14 municípios de Mato Grosso do Sul, já localizou 88 residências e comércios praticando o delito, causando prejuízo milionário para a concessionária de energia e para o Estado.
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (8), o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Márcio Rogério Faria Custódio, destacou que até o momento, 114 locais foram vistoriados durante operação em parceria com a Energisa, concessionária de energia que atende o Estado.
Nessa quarta-feira (7), uma nova fase da operação aconteceu em Corumbá, onde nove locais foram alvos da ação e quatro pessoas conduzidas à delegacia para prestar esclarecimento.
Em Campo Grande, a operação aconteceu na manhã desta quinta-feira (8), concentrada na região norte da cidade. Ao todo, sete casas e comércios foram vistoriados e cinco pessoas detidas pelos crimes de furto ou estelionato.
Como resultado, somente em 2024 foi constatado que R$ 28 milhões deixaram de ser arrecadados por conta do desvio de energia. Para efeito de comparação, em 2023 todo foram R$ 22 milhões em prejuízo, correspondendo a um aumento de 25% nas perdas fiscais.
Quanto às denúncias, o coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, pontuou que a própria população não “aceita esse tipo de conduta”. De acordo com ele, no ano passado foi registrado uma média de 6 mil denúncias por mês de fraudes na energia. Em 2024 esse número saltou para 8,2 mil/mês.
“O furto de energia coloca em risco a população em volta, causa danos na rede de energia e impacta na qualidade de fornecimento, além de elevar o custo da energia dos demais consumidores. Portanto, através da inteligência artificial, estamos com investigação em andamento nos 74 municípios o qual somos responsáveis pela distribuição e continuaremos a fiscalizar fortemente todos os comércios, indústrias e demais unidades consumidoras. Atuaremos com rigor máximo para disciplinar tanto quem faz, como quem se beneficia do furto de energia”, ressaltou.
Os municípios alvos da fiscalização em 2024 são Rio Verde, Bela Vista, Amambai, Corumbá, Costa Rica, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Miranda, Ivinhema, Itaporã, Água Clara, Sidrolândia, Campo Grande e Glória de Dourados.
Desses, Campo Grande segue sendo a cidade com maior número de flagrantes, 12 no total. Essas pessoas serão responsabilizadas criminalmente pela prática ilegal de manipulação do sistema de medição, nos crimes de furto ou estelionato, conforme os artigos 155 e 171 do Código Penal brasileiro.
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