Referência internacional em sustentabilidade, ecoturismo de MS une preservação ambiental e econômica

Foto: divulgação
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Recanto Ecológico Rio da Prata se destaca com práticas inovadoras e certificação Climate Positive

 

Em uma região onde a beleza natural é o principal atrativo, a sustentabilidade não é apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade imperativa. Fundado em 1995, o Recanto Ecológico Rio da Prata iniciou sua jornada com um compromisso claro: desenvolver o ecoturismo com responsabilidade ambiental.

Hoje, o grupo, que inclui também a Estância Mimosa e a Lagoa Misteriosa, é referência nacional e internacional em práticas sustentáveis, equilibrando crescimento econômico com conservação ambiental.

A história do Grupo Rio da Prata começou com o sonho de criar uma experiência de ecoturismo autêntica. Desde o início, a empresa incorporou diretrizes de sustentabilidade, ciente de que seu principal ativo — a natureza exuberante de Bonito e Jardim — precisava ser preservado.

“O ecoturismo depende diretamente da natureza, e sem a conservação ambiental, não seria possível desenvolver essa atividade a longo prazo”, explica Luiza Coelho, diretora de sustentabilidade.

O compromisso foi além, com a criação de RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) e o reconhecimento internacional pelo Programa Del Turismo e Good Travel Program.

Toda a energia utilizada pela empresa é proveniente de usinas solares, incluindo barcos movidos a motor elétrico e energia solar, além de quase 700 hectares de áreas preservadas em RPPNs, que garantem a proteção da biodiversidade local. “Adotamos diretrizes de sustentabilidade desde a fundação, com foco em segurança e qualidade da experiência turística”, afirma Luiza.

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A empresa também possui certificações importantes para suas atividades de ecoturismo, como a ISO 21101 de Sistema de Gestão de Segurança e a Climate Positive, sendo pioneiros nesta última.

Luiza destaca que essas iniciativas resultaram em impactos positivos tanto ambientais quanto econômicos. “Em 2023, nos tornamos pioneiros na certificação de carbono Climate Positive, sendo os primeiros atrativos de ecoturismo no mundo a receberem esta certificação”, ressalta.

Obter certificações como a Climate Positive envolveu um levantamento minucioso das emissões de carbono ao longo de 12 meses, em parceria com a Green Initiative para assegurar a precisão dos dados.

O resultado foi um balanço positivo, graças à grande extensão de florestas preservadas e áreas em regeneração do grupo. “Como uma empresa familiar, envolver-se nesse processo foi um investimento significativo, mas nosso objetivo é ser uma referência positiva na inovação regional”, comenta Luiza.

Reflorestamento

Projetos de reflorestamento, como o Bosque da Esperança, envolvem visitantes no plantio de árvores, com mais de 500 mudas plantadas até agora. Para iniciativas de viveiro de mudas e agrofloresta, a empresa conta com uma equipe especializada em biologia e engenharia ambiental, além de participar ativamente de projetos de conservação.

“Essa expertise nos permite implementar práticas sustentáveis de maneira eficaz, garantindo competência e compromisso ambiental”, explica a diretora.

Um dos resultados mais impressionantes foi a melhoria da visibilidade do Rio da Prata, que passou de 35% para 76% dos dias do ano com águas cristalinas após a implementação de projetos de recuperação de nascentes em parceria com a ONG Instituto Homem Pantaneiro.

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Em termos de redução de resíduos, a empresa conseguiu diminuir sua produção de lixo de 1.700 kg para 290 kg por mês no Rio da Prata e Lagoa Misteriosa.

Com práticas sustentáveis, os retornos são significativos em diversas áreas, segundo Luiza. Financeiramente, a autossuficiência em energia solar e a redução de trajetos de veículos diminuíram custos operacionais, comprovando que a sustentabilidade também pode ser economicamente viável.

Ambientalmente, a qualidade da água dos rios melhorou significativamente, graças a projetos de recuperação de nascentes. Socialmente, o desenvolvimento local, através de mão de obra da região e parcerias com universidades e artistas locais.

A diretora de sustentabilidade enxerga uma evolução natural onde todas as empresas, independentemente do porte, adotem práticas ESG (ambiental, social e de governança). “Todos temos a missão de conciliar desenvolvimento e natureza”, conclui.

 

Por Djeneffer Cordoba

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