Incêndios voltam ao Pantanal e uso de satélites são indispensáveis para localizar novos focos

Foto: Álvaro Rezende
Foto: Álvaro Rezende

Entre idas e vindas incêndio no Pantanal entra no seu 112 dia nesta terça-feira (23), o fogo tinha dada uma trégua na semana passada, mas fim de semana voltou novamente e algumas áreas estão entrando em estado crítico.

De acordo com as equipes do Corpo de Bombeiros que estão em campo, a parte mais atingida nessa segunda etapa é o Porto da Manga, em Corumbá. O fogo se alastra por mais de quatro quilômetros, está próximo a Estrada Parque MS-228.

Com ajuda das equipes por satélites alguns focos foram detectados na região do Rabicho, próxima ao Rio Paraguai, as equipes fizeram aceiros em uma fazenda e combates em solo aos focos na área de adestramento da Marinha do Brasil.

Condições climáticas adversas caracterizadas pela elevação da temperatura e pela baixa umidade relativa do ar – resultaram em um aumento considerável no surgimento dos pontos de calor. Foram detectados focos ativos e equipes continuam empenhadas em combates, além de estarem em prontidão garantindo resposta rápida e eficaz.

Os bombeiros atuaram em seis focos de incêndio ativos – detectados por meio do monitoramento por satélites – nas áreas do Rabicho, Porto da Manga, Nhecolândia, além de dois no bioma Cerrado – nos municípios de Brasilândia e Bonito. As equipes de combate foram rapidamente mobilizadas para conter as chamas e evitar a propagação dos incêndios.

A equipe atuante em Maracangalha deslocou-se no sábado (20) para realizar uma ação de reconhecimento e possível combate nos pontos de calor detectados na região. Entretanto, devido à dificuldade de acesso por via terrestre, foi possível realizar apenas o mapeamento dos focos de calor com o auxílio do drone. A equipe traçou uma estratégia de acesso e fez o combate no domingo (21). Todo o território se manterá em monitoramento e nos próximos dias a equipe voltará ao foco de calor na área alagada para verificação de situação.

No domingo (21), a região do Pantanal sul-mato-grossense enfrentou um dia de condições climáticas extremas que elevaram significativamente o risco de incêndios florestais na região.
A temperatura atingiu picos de 35 °C, enquanto as rajadas de vento chegaram a 40 km/h, provenientes do norte e nordeste. A ausência de chuva, combinada com a umidade relativa
do ar chegando a apenas 20%, criou um ambiente propício para a propagação rápida de incêndios.

Por Thays Schneider

 

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