MS registra crescimento de 177% nas exportações de tilápia no segundo trimestre de 2024

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O estado, que não havia vendido no primeiro trimestre, movimentou US$ 170,294 no período

 

Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 177% nas exportações de tilápia no segundo trimestre de 2024. O estado, que não havia exportado no primeiro trimestre, movimentou US$ 170,294 no período, conforme apontam os dados do informativo de Comércio Exterior da Piscicultura, edição de julho de 2024, elaborados pela Embrapa Pesca e Aquicultura.

De acordo com os dados, no primeiro trimestre, o estado não registrou exportações de tilápia. No entanto, no segundo trimestre, Mato Grosso do Sul começou a movimentar o mercado internacional, exportando filé de tilápia fresco ou refrigerado e filé de tilápia congelado, somando um total de 49 toneladas. Este volume representou uma variação expressiva de 177% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Embora o volume ainda seja modesto em relação a outros estados, a taxa de crescimento aponta para uma retomada e um interesse crescente no mercado externo.

Em termos de valor, as exportações de Mato Grosso do Sul totalizaram US$ 170,294 no segundo trimestre, sem registrar movimentações no primeiro trimestre. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve uma variação positiva de 70%.

Os principais produtos exportados foram o filé de tilápia fresco ou refrigerado e o filé de tilápia congelado. O filé fresco ou refrigerado representou um valor de US$ 39,607, enquanto o filé congelado somou US$ 130,687.

O Brasil registrou um aumento significativo nas exportações de produtos de piscicultura no segundo trimestre de 2024, atingindo US$ 15 milhões, o que representa um crescimento de 72% em relação ao trimestre anterior, conforme apontam os dados do informativo de Comércio Exterior da Piscicultura, edição de julho de 2024, elaborados pela Embrapa Pesca e Aquicultura.

A tilápia continua a ser o carro-chefe das exportações brasileiras de piscicultura, representando 92% do total exportado. Os filés de tilápia frescos ou refrigerados destacaram-se como o principal produto, com um valor exportado de US$ 10,1 milhões, apresentando um aumento de 79% em relação ao primeiro trimestre de 2024. As tilápias inteiras congeladas também mostraram um crescimento expressivo, alcançando US$ 2,8 milhões, um aumento de 53%.

No entanto, os filés de tilápia congelados foram a única categoria que apresentou queda, recuando 78% em comparação com o primeiro trimestre.

Os Estados Unidos mantiveram-se como o principal destino das exportações brasileiras de tilápia, importando US$ 12,9 milhões no segundo trimestre de 2024, o que representa 94% do total exportado pelo Brasil. A China e o Canadá ocupam a segunda e terceira posições, com US$ 284 mil e US$ 222 mil, respectivamente. O mercado norte-americano é dominado pela demanda por filés frescos de tilápia, que somaram US$ 9,8 milhões no período.

Desempenho por estado

O estado do Paraná consolidou-se como o maior exportador de tilápia, com US$ 9,8 milhões em exportações, representando 72% do total nacional. São Paulo foi o segundo maior exportador, com US$ 3,6 milhões e uma participação de 26%. O aumento significativo nas exportações de São Paulo, que dobrou sua participação em comparação ao primeiro trimestre, sinaliza uma retomada forte do estado no mercado de piscicultura.

Balança comercial da piscicultura

Apesar do aumento nas exportações, o déficit da balança comercial da piscicultura brasileira foi de US$ 231 milhões no segundo trimestre de 2024, uma melhora em relação ao déficit de US$ 280 milhões registrado no primeiro trimestre. A redução do déficit foi impulsionada pelo aumento das exportações e pela queda nas importações, que recuaram 15% em comparação com o trimestre anterior.

Além da tilápia, outras espécies de piscicultura brasileira também ganharam destaque no mercado internacional. O pacu, por exemplo, teve quase toda a sua exportação destinada ao Peru, atingindo US$ 525 mil no segundo trimestre de 2024. A exportação de curimatá para o Peru também foi significativa, totalizando US$ 480 mil no período.

 

Por Djeneffer Cordoba

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