Papel higiênico, sabonete e sabão acumulam mais de 280% de variação

Foto: Nilson Figueiredo
Foto: Nilson Figueiredo

A diferença de preço dos produtos de higiene e limpeza foram observadas em seis supermercados da Capital

Produtos de higiene e limpeza foram os campeões de variação de preço, observados na sexta-feira (12), durante a pesquisa de preço com alimentos e itens da cesta básica, realizada semanalmente pelo jornal O Estado, em seis supermercados de Campo Grande. Na lista de compras, o papel higiênico apresentou diferença de preço de 50,63%, sabonete (65,33%), sabão em pó (80%) e em barra (87,83%), juntos os quatro produtos acumulam 283,79% na comparação de seus valores nos pontos de venda visitados.

Outro dado desanimador para o consumidor, conforme revelou a pesquisa, é sobre o gasto médio na compra dos quatro itens. Para adquirir o papel higiênico, o cliente precisará desembolsar em média R$ 26,21, na compra do sabonete o gasto é de R$ 2,52, já o sabão em pó o custo médio é de R$ 23,55 e para comprar o sabão em barras com 5 unidades o consumidor gastará cerca de R$ 11,28. Considerando que o consumidor vá até o mercado na intenção de adquirir os produtos citados, ele vai pagar aproximadamente R$ 46,77 em apenas 4 produtos.

O valor mais em conta para o papel higiênico, encontrado pela reportagem custa R$ 21,90 (Fort) já o mais caro pode custar R$ 32,99 para o consumidor. No caso do sabonete, os valores variam de R$ 1,99 podendo chegar a R$ 3,29. Enquanto o sabão em pó (OMO) custa entre R$ 14,90 e R$ 26,85. O sabão de barras (Ypê) é vendido entre R$ 7,98 e R$ 14,99.

No corredor da mercearia, o pacote de arroz de 5 kg (Tio Lautério) obteve uma diferença de preço calculada em 20,61%, um dos alimentos mais importantes em nosso prato custa em média R$ 27,04. O valor mais em conta e o mais caro coletado pela reportagem varia de R$ 24,79 à R$ 29,90, respectivamente. O feijão de 1 kg (Bem Tevi), custa entre R$ 5,38 e R$ 6,99, a diferença de preço entre os estabelecimentos ficou em 26,68%, a média de preço do produto é de R$ 5,84. O gasto médio na compra do achocolatado (Nescau) ficou em R$ 9,10, o produto pode ter um aumento no seu valor de até 51,45% entre os supermercados, custando entre R$ 7,89 e R$ 11,95.

Hortifruti

A seção dos supermercados que mais tem desafiado o bolso do consumidor nos últimos tempos é a dos legumes, verduras, hortaliças e frutas. O quilo da batata é vendido entre R$ 8,89 (Comper e Fort), podendo chegar a custar R$ 11,55, dados que refletem uma variação de preço em 29,92%. Um produto deste conjunto que teve uma queda comemorável para o consumidor em campo-grandenses, foi o tomate. O quilo do alimento custa entre R$ 3,99 e R$ 6,90, mas no começo deste ano os preços do tomate se igualam aos valores atuais da batata.
A importância da pesquisa de preço para garantir uma economia nos momentos de compras, fica evidente quando analisamos os preços cobrados pelo o quilo da cebola. Em dois estabelecimentos visitados pela reportagem, o quilo é repassado para o consumidor por R$ 4,89, em outro ponto o valor chega a custar R$ 8,39. Ou seja, o produto recebe um aumento de preço de 71,57% de um supermercado para o outro. Já o quilo da banana é vendido em média por R$ 6,70, os valores variam de R$ 6,25 a R$ 7,99.

Influência dos alimentos na inflação

Nesta semana o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que mede a inflação oficial do país, para o mês de junho com queda de 0,21%. De acordo com o levantamento, a inflação de junho foi influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que registrou alta de preços de 0,44% no mês, com aumento do custo de produtos como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%).

O grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54% no mês e apresentou o segundo principal impacto na inflação oficial em junho. Entre os itens que influenciaram o resultado estão os perfumes, com alta de preços de 1,69% no mês.

Por outro lado, os transportes evitaram uma inflação maior, ao registrar uma deflação de 0,19% no mês, resultado puxado pelas quedas de preços de passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%).

Por Suzi Jarde

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