O rock não está morto!
Engana-se quem pensa que o rock se resume apenas a música alta, riffs pesados e camisetas pretas. Com suas diversas vertentes, o rock’n’roll conquista uma ampla variedade de fãs, que moldam suas personalidades ao som de seus discos favoritos. No 13 de julho, o rock ‘n’ roll tem um dia exclusivo para celebrar, e Campo Grande comemorará com o Pedrada Sunset Rock Festival, que acontecerá no Sunset Growler Station.
Com 12 horas de duração, o evento contará com o line-up das bandas Haiwanna, com o melhor do rock nacional; Ana & Mais, numa pegada indie rock guiada pela voz poderosíssima de Ana Menezes; Hellora, com um rock clássico “lado B” na incrível voz de Ellora Tuanne; Lowdown, trazendo um pouco da cena grunge de Seatle, e, por fim, Manchester Oasis Cover, que, como o nome já deixa claro, é uma das maiores bandas de tributo ao Oasis da América Latina.
Com expectativa de receber até 1500 pessoas ao longo do dia, o festival está se preparando para uma grande rotatividade de público. Além disso, a estratégia de ampliar a divulgação em cidades vizinhas, por meio de campanhas de marketing direcionadas, visa atrair ainda mais participantes durante o fim de semana.
O evento promete ser uma celebração completa com atrações gastronômicas, oportunidades de negócios e muita diversão. Uma inovação do festival é a flexibilidade de entrada e saída para os espectadores, que poderão sair e retornar ao evento conforme desejarem. Cada pessoa receberá uma pulseira que permitirá esse movimento.
Organização
Para a reportagem do Jornal O Estado, o idealizador do festival, Marcelo André Corrêa, relatou que a inspiração para o Pedrada Sunset Rock Festival veio de uma conversa entre um dos gestores do Grower, aproveitando o dia 13 de julho, Dia Mundial do Rock no Brasil, que estava livre de eventos.
“O Pedrada Ink iniciou como um blog de rock no Instagram e depois focamos em curiosidades do rock. Com o tempo, fundamos a Pedrada Produção de Eventos Limitada, promovendo shows, especialmente com bandas covers, um mercado pouco explorado em Campo Grande. Inspirado por festivais de sucesso em grandes cidades, transformamos o Pedrada em um festival anual, inicialmente com bandas covers para atrair um público já interessado no gênero”, relatou o idealizador.
O processo de seleção das bandas foi guiado por um desejo de progressão e diversidade de público. O organizador buscava atrair diferentes tribos musicais, desde admiradores de música nacional até entusiastas de rock nacional, rock clássico e bandas contemporâneas inglesas. A escolha foi baseada na qualidade sonora da banda e na capacidade de atrair um público diversificado, interessado tanto em sons pesados quanto em sonoridades mais leves e pop.
“Acredito que podemos transformar Campo Grande em um ponto de referência musical, assim como o festival de covers em Rio das Ostras, que já é reconhecido nacionalmente focados em bandas cover. Estamos começando com essa ideia, mas não queremos nos limitar apenas a covers; é um ponto de partida para crescermos. O objetivo final do Pedrada Festival é torná-lo um evento anual consolidado”, detalhou Marcelo.
O festival lançou inicialmente um pequeno lote de ingressos, cujo valor foi calculado para cobrir os custos, incluindo despesas como passagens aéreas para uma das bandas participantes. Todos os ingressos do lote foram vendidos em apenas dois dias.
Bandas
Para Ellora Tuane, vocalista da banda Hellora, o evento vem agregar à cena local de forma positiva. “Esse evento que une vários subgêneros do rock (nacional, grunge, alternativo, clássico), acolhe um público maior, não se limitando a apenas uma tribo, mas sim, trazendo um entretenimento de qualidade para a cena.”
Matheus Zalenski, da banda Lowdown, se mostra otimista para o festival e promete um repertório especial para a ocasião. “Nós, da banda Lowdown, estamos ansiosos e empolgados para o evento, pois com certeza será um festival que agitará a noite de Campo Grande, com algumas das melhores bandas da cidade. Para isso, estamos preparando um repertório que vai animar muito a galera que comparecer.
Por sua vez, Ana Letícia Menezes afirma que o evento será uma chance de mostrar o ecletismo existente dentro do espectro do gênero musical. “Estou bem animada para participar do festival, é uma oportunidade muito bacana de reunir em um só evento bandas de vertentes variadas. Acredito que o evento será um importante passo para fortalecer a cena do rock em Campo Grande.”
Para o vocalista da banda Haiwanna, Hugo Carneiro, apesar de performar estilos diferentes dentro do rock, as bandas falam a mesma “língua”. “Vão ser cinco atrações muito legais. Eu adoro participar desses eventos assim, quando tem várias bandas, dizendo coisas diferentes, mas tentando ir pro mesmo sentido, que é o rock ‘n’ roll. Eu acho que esse evento vai ser muito bom.”
Por fim, Amauri Junior, frontman da Manchester Oasis Cover, afirma que a banda está ansiosa por mais um evento da Pedrada.Inc. “Estamos bem empolgados para fazer mais uma noite com muito Rock ‘n’ Roll com nosso parceiro Marcelo, da Pedrada.Inc, e assim poder ajudar o evento a crescer, somando nosso som com as outras bandas. Precisamos de mais rock ‘n’ roll!”, dispara. Ele ainda adianta um pouco do que será o show. “Estamos trazendo os clássicos do Oasis, e também músicas novas da carreira solo do Liam Gallagher e Noel Gallagher, sempre buscamos melhorar o set, misturando os clássicos com novas propostas, seguindo sempre com o feeling BritRockNRoll Gallagher”, conclui.
Cenário
Para quem acha que o público de Campo Grande não se interessa em rock, Marcelo afirma haver um espaço significativo para o gênero, conforme evidenciado pelo crescente número de bandas emergentes diariamente.
“Acredito que há espaço para o rock. Esse espaço é evidenciado pelo número crescente de bandas que surgem diariamente. Há um maior envolvimento das pessoas com o rock and roll, e os bares estão se direcionando mais para esse estilo, mas falta investimento. Seria interessante ter empresas e iniciativas privadas apoiando eventos desse porte, além de incentivos por parte dos governos, para atrair diferentes públicos e artistas variados, sem ficar restrito a um único direcionamento”, explicou Marcelo.
Há também a perspectiva de fortalecer a cena local, citando exemplos como o guitarrista Mateus Asato, natural de Campo Grande, que alcançou reconhecimento internacional, mas precisa buscar apoio significativo fora do país.
“Acredito que há espaço para todos e podemos trabalhar para beneficiar a cultura de maneira mais ampla, o que pode atrair novos artistas e contribuir positivamente para nossa região e para o Brasil. Me lembro do Mateus Asato, guitarrista do Bruno Mars e Jessie J. Ele é daqui de Campo Grande, mas teve que investir muito na carreira dele no exterior. Infelizmente, o apoio da iniciativa privada ainda é muito limitado por aqui, dificultando um crescimento maior. Isso é válido para todas as áreas culturais, não apenas para o rock, sertanejo, samba ou funk. É crucial ter investimento diversificado para promover uma maior diversidade na nossa cena cultural”, finalizou o produtor.
Serviço:
O Pedrada Sunset Rock Festival acontecerá em 13 de julho no Sunset Growler Station, na Avenida Afonso Pena, 5668, com abertura dos portões ao meio-dia. Os ingressos estão disponíveis no Sympla, com preços sujeitos a alterações conforme a disponibilidade e proximidade do evento, ou conforme esgotamento dos lotes. Mais informações e a loja virtual estão disponíveis em www.pedradainc.com.br. Siga também @pedrada.inc no Instagram para atualizações.
Por Amanda Ferreira
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