Em assembleia realizada ontem(18), a Adufms( Associação dos Docentes da UFMS) votou pela saída coletiva da greve, além de debater o possível calendário de reposição das aulas. A greve dos docentes da UFMS está no 48º dia, sendo iniciada em 1º de maio paralelamente a greve dos técnicos-adminsitrativos em educação (TAE) do governo federal.
Após essa votação da Adufms, é aguardada assinatura de acordo com o governo para uma definicação unificada do calendários de reposição das aulas da universidade. Renuiões do Comando Nacional de Greve acontecerão nos dias 21 e 23 de junho para validar o resultado das assembleias de base.
Posteriormente, será emitido um comunicado pelos docentes com encaminhamentos para a saída da greve ou sua manutenção, também haverá uma nova rodada de assembleias para a definição de retomada das atividades e como será o calendário de reposição.
O que foi atendido?
O Governo Federal atendeu demandas da greve dos docentes como o reajuste linear de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Reajuste de benefícios, como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche, sendo os auxílios sem equiparação com os benefícios dos demais poderes.
Os professores também conseguiram a elevação de steps de 4,0% para 5,0% até 2026 (com exceção de Adjunto/DI e DIII-I, que passa de 5% para 6% até 2026) e a elevação do valor salarial para ingressantes na carreira docente.
A categoria ainda conquistou a revogação da Portaria nº 983/2020, que portaria do Ministério da Educação que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico.
Greve dos técnicos-administrativos em Educação
A greve nas universidades este ano, teve início com a paralisão dos técnicos-adminsitrativos no dia 11 de março e já se encontra em seu 98º dia.
Entre os avanços signficiativos alcançados estão: a Discussão sobre o reposicionamento dos servidores aposentados; Novas adesões ao Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação (PCCTAE); Criação de grupo de trabalho para regulamentar o Reconhecimento de Saberes e Consequências (RSC) no âmbito da CNSC-MEC; Aumento no step no desenvolvimento da carreira, atualmente em 3,9%, para 4,0% em 2025 e 4,1% em 2026; Revisão de horários, plantões e funcionamento da folha de ponto.
As negociações foram classificadas como um avanço histórico com o Governo Federal, mas até então a definição é pela continuidade da greve.
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