As negociações sobre a desoneração da folha de pagamentos continuam movimentando o Congresso Nacional e o governo do presidente Lula. O senador Efraim Filho (União Brasil-PB), relator do projeto sobre desoneração, comentou em entrevistas, que várias hipóteses foram discutidas na última semana. “Questão é escolher qual será. Algo em torno de R$ 16 bilhões, R$ 17 bilhões que o Senado entende que é positivo para política pública, gerando emprego, renda e reduzindo a carga tributária para quem empreende”, afirmou.
Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, reforçou a meta de atingir entre R$ 17 bilhões e R$ 18 bilhões, mas destacou a necessidade de cálculos precisos pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal. “Tudo que vier ao encontro disso é importante. Esforço concentrado. Ninguém quer deixar ao léu essa falta de compensação”, declarou.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) expressou sua opinião sobre a Medida Provisória (MP) de PIS/Cofins, parcialmente devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e apelidada de “MP do fim do mundo”. Mourão afirmou que a situação seria pior para o governo se a MP fosse aprovada. “Há alternativas para manter desoneração de pé”, continuou.
Entre as alternativas sugeridas por Mourão estão a repatriação de ativos no exterior, repactuação de ativos declarados no Imposto de Renda, uso de depósitos judiciais sem titularidade e recuperação de contas bancárias abandonadas. “Vários lugares com dinheiro, mediante lei, com recurso que pode ir para o governo e compensar desoneração dos setores”, completou.
A desoneração da folha de pagamentos é vista como uma medida importante para incentivar a criação de empregos e reduzir a carga tributária sobre empresas. No entanto, a falta de compensação financeira para o governo é uma preocupação central. O debate continua a gerar discussões intensas nos corredores do Congresso, com a busca de um equilíbrio entre incentivo econômico e responsabilidade fiscal.
A expectativa é que as negociações avancem nas próximas semanas, com o governo e os parlamentares trabalhando para encontrar uma solução viável que atenda às necessidades de todos os envolvidos. A transparência e a colaboração entre os diferentes poderes são essenciais para alcançar um consenso que beneficie tanto a economia quanto a população.
Com informações do SBT News
Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais:
Alckmin sanciona lei que cria tarifa social de água e esgoto para pessoas de baixa renda