O IBGE divulgou, nesta quinta-feira (25), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua – com o tema Segurança Alimentar. O levantamento foi feito no quarto trimestre de 2023, tendo como referência os três meses anteriores à data de realização da pesquisa.
Segurança alimentar dos sul-mato-grossenses cresce 24,1% de 2017 para 2023
Em Mato Grosso do Sul, a PNADC estimou cerca de 1,04 milhão de domicílios. A segurança alimentar é a disponibilidade de alimentar na frequência e quantidade adequadas. No estado, em 2023, 78,2% (813 mil) dos domicílios se encontravam nesta situação.
Se comparado ao último levantamento, feito pela Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2017-2018, houve um crescimento de 24,1% (ou de 12,8 pontos percentuais – p.p.), pois naquela pesquisa o resultado foi de 63%.
A proporção de 2023 coloca MS no 7º lugar entre as UFs cm mais segurança alimentar. Em primeiro lugar fica SC (88,8%), seguida de PR (82,1%). Em últimos ficam SE (50,8%) e PA (52,3%).
Além dos dados obtidos na PNADC de 2023, a captação de informações sobre segurança alimentar é feita pelo IBGE há cerca de 20 anos, inserindo-se os questionamentos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD e na Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF.
15,1% dos domicílios de MS precisaram reduzir a qualidade dos alimentos oferecidos à mesa
Pela definição da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA, insegurança alimentar leve é a situação na qual a família precisa mudar a qualidade dos alimentos oferecidos, porém, sem sacrificar a quantidade. Neste caso, em 2023 MS registrou o percentual de 15,1% (157 mil) dos domicílios nesta situação.
Os dados da POF 2017-2018, mostraram que naquele levantamento, o estado havia registrado o valor de 25,8% dos domicílios com esta situação. Houve, entre os dois períodos, uma queda de cerca de 41% (10,7 p.p.) no período. Os valores de 2023 fazem com que o estado fique em 8º entre os menores valores vistos nas UFs. SC é o menor (8%) e SE, o maior (30,4%).
Redução da quantidade de alimentos oferecidos à mesa atinge 4,1% da população de MS
Na insegurança alimentar moderada, a família precisou restringir a quantidade de alimentos de algum modo. Esta situação, em 2023, foi registrada em 4,1% (42 mil) dos domicílios de MS. O número é 38,8% (ou 2,6 p.p.) menor que o registrado pela POF 2017-2018 (6,7% dos domicílios. O número da PNAD mais recente coloca o estado em 10º entre as UFs com menores valores. SC fica em 1º (1,6%) e SE (13,1%) em último.
No estado, 27 mil domicílios precisaram cortar alimentos até das crianças da família
Segundo a EBIA, na insegurança alimentar grave há privação de alimentos até mesmo para as crianças do domicílio. Em 2023, houve o registro desta situação em 2,6% (27 mil) dos domicílios do estado. O número registrado pela POF 2017-2018 foi de 4,5% dos domicílios. Com isso, na comparação, houve uma queda de 42,3% ou 1,9 p.p. O número da pesquisa mais atual coloca MS como a 6ª menor taxa entre as UFs. SC tem a menor, com 1,5% e PA, o maior, com 9,5%.
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