Durante a abertura da 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Organizações das Nações Unidas (ONU), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, falou novamente sobre a situação do conflito entre Israel e Palestina, e defendeu a criação de um Estado Palestino livre e soberano.
Em seu discurso, o ministro volta a condenar os ataques do Hamas, pedindo a libertação dos reféns, mas aponta o uso desproporcional de força por Israel, que já matou milhares de civis palestinos.
“Já, em mais de uma oportunidade, condenamos os ataques perpetrados pelo Hamas e demandamos a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Mas também reitero nosso repúdio à flagrante desproporcionalidade do uso da força por parte do governo de Israel, uma espécie de ‘punição coletiva’, que já ceifou a vida de quase 30 mil palestinos – a maioria deles, mulheres e crianças –, forçadamente deslocou mais de 80% da população de Gaza, e deixou milhares de civis sem acesso à energia elétrica, água potável, alimentos e assistência humanitária básica”, disse.
“A criação de um Estado Palestino livre e soberano, que conviva com o Estado de Israel, é condição imprescindível para a paz. Consideramos ser dever deste Conselho prestigiar a autodeterminação dos povos, a busca da solução pacífica dos conflitos e se opor de forma veemente a toda forma de neocolonialismo e de Apartheid”, completou o ministro.
Ainda durante discurso, Silva Almeida relembrou que em 2024 é o ano que marcará os 60 anos de Golpe Militar no Brasil, momento em que o país passou pelo regime militar e atentado a democracia, “que inaugurou 21 anos de um regime ditatorial repressivo, violento e antipopular no Brasil, cujas sombras ainda pairam sobre a nossa sociedade”. “Diversos eventos promovidos por entidades governamentais e não governamentais buscarão enfatizar a importância da defesa permanente da democracia”, pontuou o ministro.