A Polícia Federal deflagrou, nesta manhã, uma operação que tem como alvo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Os mandados de busca e apreensão foram autorizados no contexto das investigações sobre a chamada “Abin paralela”, alegadamente utilizada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para monitorar adversários políticos. Carlos Bolsonaro é um dos investigados, com busca em sua residência na Barra da Tijuca e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio.
A operação se estende a assessores do vereador, e ao menos três viaturas da PF foram avistadas no condomínio onde Carlos reside, o mesmo onde Jair Bolsonaro tem uma casa. O vereador não se encontra no Rio, pois está em Angra dos Reis (RJ).
A PF também realizou buscas contra Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, na última quinta-feira (25), alegando que ele usou sua posição para “incentivar e encobrir” o uso de um programa espião.
Carlos Bolsonaro, anteriormente anunciado como gestor de comunicações na campanha de Ramagem para a prefeitura do Rio de Janeiro, é apontado como uma peça-chave na suposta Abin paralela. Ontem, durante uma live com os filhos Flávio, Carlos e Eduardo, Jair Bolsonaro negou ter espionado adversários e defendeu Ramagem, afirmando que as informações não chegavam até ele.
Segundo as investigações, a Abin foi utilizada para espionar adversários. Políticos e até de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) teriam sido espionados com o uso do software FirstMile.
As buscas nos endereços do filho “02” de Jair Bolsonaro foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso.
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