Foi identificado como Alexandre Diamantino de Oliveira, como um dos nove mortos durante operação Ignis, deflagrada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) na última terça-feira (19), próximo de Salto de Guairá, que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul pelo município de Mundo Novo.
Segundo informações do portal Ponta Porã News, entre os criminosos estão quatro brasileiros, mas até agora apenas Alexandre foi identificado. Os outros cinco são: Timoteo Leguizamon Báez, Elvio Ramón Vera Rivarola, Adalberto Leguizamon Báez Rodi, Ramón Espinola Amarilla e Hugo Velazco, todos de nacionalidade paraguaia.
A identificação é feita pela Direção-Geral de Investigação Criminal da Polícia Nacional.
A operação foi realizada contra uma organização criminosa liderada por Santiago Acosta Riveros, conhecido como ‘O Macho’. Ele é considerado de alta periculosidade, e comandava organização responsável por narcotráfico e assassinato de policiais e militares das Forças Armadas, tanto do Brasil quanto do Paraguai.
Foram apreendidos alguns fuzis que tinham a inscrição “IAS”. Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas, o armamento foi importado pela empresa investigada no âmbito da operação Dakovo desenvolvida há semanas.
Durante a ação dos agentes dos dois países, um dos líderes de uma violenta organização criminosa que exercia domínio na região de fronteira por meio do tráfico de drogas e de armas, foi preso. Trata-se de Ricardo Luís Picolotto, mais conhecido como ‘R7’.
O brasileiro é apontado como sócio de Riveros. Além disso, ele também é apontado como um dos grandes fornecedores de armas e drogas para criminosos que atuam no Rio de Janeiro, seu grupo operava grandes esquemas de tráfico internacional que tinham como destino o Brasil.
A organização criminosa desarticulada também se caracterizava por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais e militares das Forças Armadas, tanto brasileiras quanto paraguaias.
Riveros é considerado um dos criminosos mais sanguinários do Paraguai, e sua facção se caracterizava por ações de extrema violência contra organizações rivais. Na operação de hoje, os agentes foram confrontados a tiros pelos seguranças de Riveros.
Além disso, ele estava envolvido no homicídio de um militar do exército brasileiro, em 2020, quando reagiu a uma abordagem a uma das embarcações da facção, que navegava no Rio Paraná carregada com mais de meia tonelada de Maconha.
No Paraguai, ele ainda é acusado pelo assassinato de um policial e por promover diversos ataques a tiros a delegacias, além de operações de resgate de presos. A Secretaria Nacional Antidrogas não informou se o principal alvo da operação, Santiago Acosta, o Macho, foi preso ou morto no confronto.
Arsenal bélico
O que também chamou a atenção durante a operação, foi o arsenal bélico encontrado com o grupo, em uma área rural na zona de Salto del Guairá, no Paraguai, próximo à fronteira brasileira.
Fuzis, grande quantidade de munição e uma metralhadora antiaérea foram apreendidos na ação, que segue sendo realizada na região de fronteira, com a destruição de pistas clandestinas de pouso utilizadas para envio de cocaína e armas ao Brasil.