MS melhora taxas de informalidade e rendimento médio

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

MS permanece com a 4º menor taxa de desocupação do país e Campo Grande tem a 2ª menor entre as capitais

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (22), a Pnad contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do terceiro trimestre de 2023, abordando informações sobre o mercado de trabalho e características da população.

Mato Grosso do Sul, no 3º trimestre de 2023, tinha 2,24 milhões de pessoas em idade de trabalhar, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior. Destas, 1,5 milhão estavam na força de trabalho, sendo que 1,4 milhão estavam ocupadas e 60 mil desocupadas.

O nível da ocupação foi estimado em 64,2%, representando uma redução de 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior e um aumento de 0,5 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.

A taxa de desocupação em MS no 3º trimestre de 2023 foi estimada em 4,0%. Esse valor representa uma variação de -0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior, indicando estabilidade. Com este resultado, Mato Grosso do Sul continua a ter a 4ª menor taxa de desocupação do país, atrás somente de Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%). O maior valor foi verificado na Bahia (13,3%).

Em Campo Grande, a taxa de desocupação foi de 3,1%, 2ª menor entre as capitais brasileiras, atrás somente de Porto Velho (RO), com 2,9%. No trimestre anterior, a taxa de desocupação em Campo Grande foi de 3,0%, indicando estabilidade.

No Brasil, a taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2023 foi de 7,7%, caindo 0,4 ponto percentual (p.p.) ante o segundo trimestre deste ano (8,0%) e 1,0 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (8,7%).

Em relação ao trimestre anterior, as taxas de desocupação diminuíram em três das 27 Unidades da Federação (UFs): São Paulo (7,8% para 7,1%), Maranhão (8,8% para 6,7%) e Acre (9,3% para 6,2%). Apenas em Roraima houve crescimento (de 5,1% para 7,6%). Nas outras 23 UFs, as taxas ficaram estáveis.

Número de desalentados no estado diminui 17,5% em relação ao ano anterior

No estado, a estimativa de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada), no 3º trimestre de 2023, foi de 15 mil, o que representa uma variação -21,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior (19 mil) e de -17,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (18 mil).

Em MS, em um ano, houve queda de 40,5% na categoria trabalhador familiar auxiliar

Em números absolutos, o número de empregados no estado (1 milhão) manteve-se estável. Destes, 732 mil estão no setor privado, 220 mil no setor público e 90 mil trabalhadores domésticos. Tratando-se de empregados no setor privado, o número variou em 21 mil pessoas, ou seja, número considerado estável tanto em relação ao trimestre anterior (3,0%), quanto ao mesmo período do ano anterior (4,3%).

O número das pessoas, também no setor privado, sem carteira de trabalho assinada foi de 169 mil, figurando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (168 mil) e ao mesmo trimestre de 2022 (166 mil). Em relação às pessoas com carteira de trabalho, ainda no setor privado, foram registradas 563 mil pessoas, também havendo estabilidade se comparado ao trimestre imediatamente anterior, que registrou 543 mil.

Em relação ao setor público, analisando a variação entre o 2º trimestre de 2023 e 3º trimestre de 2023, houve estabilidade entre as pessoas com carteira (8 mil pessoas), apesar da queda de 10 mil pessoas empregadas nesse setor.

Dentre as pessoas sem carteira, ainda no setor público, houve estabilidade de 1,6% comparado ao trimestre anterior, e, entre os militares e funcionários públicos estatutários, também houve estabilidade (-4,3%) se comparado
ao mesmo período.

Entre os indicadores para os trabalhadores domésticos (90 mil) observou-se estabilidade tanto em relação ao trimestre anterior (3,3%), quanto se comparado ao mesmo período de 2022 (-8,1%). Para os trabalhadores domésticos com carteira (27 mil), em relação ao mesmo trimestre de 2022, a variação foi considerada estável (-15,9%), porém houve alta se comparado ao trimestre passado (25,9%). Quanto aos trabalhadores domésticos sem carteira (63mil), houve estabilidade em relação ao trimestre anterior (-4,0%), assim como se comparado ao 2º trimestre de 2022 (-4,3%).

Entre as pessoas que trabalham como trabalhador familiar auxiliar (8 mil), observou-se queda 46,3% em relação ao trimestre anterior (14 mil) e queda de 40,5% se comparado ao 3º trimestre de 2022 (13 mil).

Taxa de Informalidade em MS fica em 31,9% e estado passa a ter o quinto menor valor entre as UFs

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho
assinada; Empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.

População ocupada como empregador em MS aumenta 39,8% na comparação com o mesmo período do ano passado

Em Mato Grosso do Sul, a população ocupada como empregador era de 92 mil, o que demonstra uma variação de 11,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior (83 mil) e aumento de 39,8% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (66 mil).

A população ocupada trabalhando por conta própria no 3º trimestre de 2023 era de 295 mil, o que significa uma queda (-10,2%) relação ao trimestre imediatamente anterior (329 mil) e de -3,7% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (306 mil).

Em relação às pessoas ocupadas como empregadores e por conta própria, apenas 168 mil possuíam empreendimentos registrados no CNPJ. No 3º trimestre de 2023, o maior índice percentual de trabalhadores com CNPJ pertencia aos ocupados como empregadores, visto que 83,7% deles possuíam o cadastro (77 mil). Na contramão, apenas 30,8% dos trabalhadores por conta própria possuíam CNPJ em MS (91 mil).

Rendimento médio se mantem estável, mas MS ganha uma posição entre as UFs

Para o terceiro trimestre de 2023, o rendimento médio real habitual advindo de todos os trabalhos ficou em R$ 3.315,00. O número é considerado estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.191,00) e ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 3.107,00). O gráfico abaixo compara a variação dos rendimentos com o IPCA, a inflação oficial do país.

Considerando-se o rendimento de trabalho principal, se comparado às outras UFs, MS tem o 5º maior rendimento médio habitualmente recebido (R$ 3.264,00). O maior valor foi registrado no DF (R$ 4.793,00), seguido do RJ (R$ 3.545,00). O menor valor foi obtido no MA (R$ 1.767,00), seguido da BA (R$ 1.853,00). Acesse também: Receita abre nesta quinta-feira consulta ao lote de restituição IRPF

Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *