IBGE
Funcionários do corpo técnico do IBGE ficaram preocupados com as declarações do presidente da instituição, Marcio Pochmann, de que pretende mudar o modelo de divulgação de pesquisas, conta Malu Gaspar. Hoje, o instituto divulga seus dados em entrevistas coletivas, cabendo aos veículos de imprensa a contextualização. “Isso ficou para trás”, disse Pochmann, sem explicar como seria o novo modelo. Ele citou ainda o uso das plataformas digitais para os dados do IBGE chegarem diretamente à “Dona Maria e o seu João”.
IBGE 1
O temor é que passe a haver ingerência política e dirigismo na divulgação. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (PMDB-MS), que sempre defendeu o atual “padrão de qualidade na coleta de dados do IBGE”, até o momento, não se manifestou.
Temperatura
As altas temperaturas registradas no Brasil podem gerar um aumento nas tarifas de energia elétrica. A ONS (Operadora Nacional do Sistema Elétrico), por exemplo, registrou, na última semana, uma demanda instantânea de carga acima de 100 gigawatts, carga considerada alta para nosso sistema elétrico. Assim, mais fontes de energia são acionadas para dar vazão à maior procura, incluídas aí as não-renováveis, como termelétricas. Ainda que não haja previsão de mudança nas bandeiras tarifárias, especialistas alertam que o aumento pode se tornar algo comum para os próximos anos, mesmo sem os efeitos do El Niño aquecendo o país.
Temperatura 1
Um relatório assinado por 52 instituições de pesquisa e também por agências da ONU, aponta que o número de mortes em decorrência do calor vai quintuplicar nos próximos 30 anos. E, para piorar o cenário, as ondas de temperaturas altas vão prejudicar as colheitas, de forma a jogar mais de meio bilhão de pessoas em insegurança alimentar já a partir de 2041. Ainda conforme o estudo, em 2022 a humanidade teve de suportar 86 dias de temperaturas nocivas à saúde, sendo cerca de 60% delas ligadas às alterações climáticas.
Temperatura 2
Publicada pela revista científica “The Lancet”, a pesquisa indica também que, para idosos, o problema é imediato. Entre 2013 e 2022 foi percebido um aumento de 85% nas mortes relacionadas às altas temperaturas em relação ao período entre 1991 e 2000. Doenças que têm mosquitos como vetor devem ter alta de 36% nos anos vindouros.
Meta
Numa vitória do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo desistiu de mudar imediatamente a meta de déficit fiscal zero para 2024, defendida por ele. A ideia anterior era apoiar emendas à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) estabelecendo limites maiores para o déficit, mas o Executivo resolveu não dar aval a essas iniciativas, e o prazo para alterações no texto terminou.
Meta 1
Com a decisão, Fernando Haddad ganhou tempo para aprovar no Congresso medidas que ampliem a arrecadação e, com isso, a viabilidade do déficit zero. A alteração da meta fiscal, porém, deve voltar à pauta em dezembro, quando for votada a Lei Orçamentária Anual (LOA), ou em março, depois que o Tesouro Nacional apresentar o relatório bimestral das contas públicas.
Trapalhão
Sem combinar com o governo, o deputado Lindbergh Faria (PT), marido da presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), apresentou duas emendas ao projeto de Lei Orçamentária Anual para mudar a meta de resultado primário prevista para o próximo ano. Uma das emendas prevê 0,75% de déficit e a outra, 1%. O deputado defende que, se na hora da votação os parlamentares não toparem a de 1%, teria a de 0,75% para garantir uma folga fiscal em ano eleitoral.
Por – Bosco Martins.
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