Presidente da Comissão de Saúde cobra ainda informações sobre o Hospital Municipal
O vereador Dr. Victor Rocha (PP) cobrou a falta de gestão existente na Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), durante a Sessão Ordinária desta terça-feira (07). Além da falta de medicamentos, o parlamentar cobrou informações sobre o Hospital Municipal, que até agora não houve transparência na implantação na Capital.
Segundo o parlamentar, na última prestação de Contas da Sesau foi apresentada uma lista que elencava apenas 15 medicamentos como ausentes na rede municipal de saúde. “Em 29 de setembro, durante a prestação de contas da Sesau foi apresentada uma lista de apenas 15 medicamentos que estavam faltando na rede municipal de saúde. Estamos em novembro e ainda recebemos reclamação da população de ausência de medicamentos”
Dr. Victor Rocha elencou a ausência dos seguintes medicamentos: Metformina; Anlodipina; Amiodaron; Enalapril; Dexclorfeniramina; Bromoprida Gotas; Creme Vaginal, Amoxicilina Suspensão; Dexametasone; Gentamicina; Prednisona 5 mg; Paracetamol CP; Anlopina; Enalapril; Furosemida; entre outros. “Também está em falta fita de glicemia, materiais de escritório e aparelho de aferição de pressão. É uma falta de gestão, o que temos observado na Sesau. A população tem sofrido muito por conta do descaso”, alertou.
Hospital Municipal
Outro questionamento do vereador Dr. Victor Rocha foi sobre a implantação do Hospital Municipal. “Foi anunciado em agosto deste ano a implantação do Hospital Municipal, com o prazo de 1 ano para estar em funcionamento. Já estamos em novembro e até agora não houve a apresentação do local e do projeto para a construção. Enquanto isso a população fica até 5 dias nas unidades de saúde, sem banho, sem comida aguardando um leito para internação”, questionou revoltado.
Hospital da Mulher
Após a fala da presidente do Conselho de Saúde Local da Unidade de Saúde da Família Dr. Judson Tadeu Ribas, Lilian Patrícia da Rocha Nogueira, para pedir a reativação do Hospital da Mulher Vó Onória Martins Pereira, que deixou de funcionar em 2017.
Dr. Victor Rocha disse que a última vez que a Moreninha teve uma ação efetiva no setor de saúde, foi na época em que era secretário adjunto de saúde. “Desde 2017, estamos apenas com promessas e até agora nada foi feito de concreto com o Hospital da Mulher. Precisamos que haja uma atitude séria e responsável, para ocupar o local em benefício de mais de 40 mil pessoas, moradores da região, que padecem pelo descaso com a saúde pública da Capital”.
“Em 2017, ele foi fechado e foi proposta uma reforma. A proposta contava com apoio do Conselho de Saúde Local, da comunidade, mas não foi executada e a obra foi abandonada. A Sesau [Secretaria Municipal de Saúde] justifica que o fechamento deu-se pela quantidade de partos que era pequena, e outros quatro hospitais já funcionam como maternidade”, disse Lilian Patrícia.
Localizado na Rua Guarabu da Serra, na Moreninha III, o Hospital da Mulher “Vó Honória Martins Pereira” foi referência para atendimento de mulheres na região e em toda Campo Grande entre os anos 2000 e 2017. Com dez leitos, realizou uma média de 600 partos por ano durante os anos de atividade.
Em fevereiro de 2018, a Prefeitura chegou a iniciar as adequações para reativar a unidade para implantação do Programa Casa de Parto Normal e Pequenas Cirurgias. Com a reforma, a proposta era retomar os procedimentos pré e pós parto e habilitar a unidade para fazer pequenas cirurgias, além de atendimentos ambulatoriais de pré-natal e ginecologia. No entanto, no mesmo ano, as obras foram interrompidas em razão da necessidade de adequações no projeto.
“É preocupante a terceirização da saúde pública na Capital. Não são os hospitais públicos os que mais fazem partos hoje na Capital. Estou aqui como porta-voz dos usuários do sistema de saúde, das nossas mulheres, que estão reivindicando pela volta da maternidade. Queremos o Hospital da Mulher”, finalizou.
Pagamento do FMIS
Por fim, Dr. Victor Rocha cobrou o pagamento do Fundo Municipal de Investimentos Sociais (FMIS) que está aprovado desde o primeiro semestre. O presidente da Comissão de Saúde também alertou sobre o pagamento das emendas impositivas.
Com informações da Assessoria e da Assecom da Câmara Municipal
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