Em visita a MS, presidente da Petrobras traz esperança de finalização da UFN3

Foto: Obras começaram em
2011, contudo, foram
paralisadas anos mais
tarde, em 2014/Divulgação
Foto: Obras começaram em 2011, contudo, foram paralisadas anos mais tarde, em 2014/Divulgação

Futuro da obra deve ser definido entre novembro e dezembro deste ano

Está prevista para acontecer amanhã (8), uma inspeção para definir os detalhes de uma das obras mais significativas para os rumos de Mato Grosso do Sul. A UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3), que atualmente pertence à Petrobras, a quem cabe a decisão sobre a conclusão do empreendimento, será o motivo da reunião entre o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a ministra do Planejamento, Simone Tebet e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ao lado do governador Eduardo Riedel, o grupo fará um sobrevoo sobre as futuras instalações da fábrica. 

Em janeiro deste ano, Riedel levou ao governo federal, por meio de uma reunião entre os governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o debate sobre a infraestrutura e logística para a conclusão da UFN3. “O presidente já se manifestou nesse sentido, a ministra Simone Tebet também.

Temos ainda o ministro da Agricultura, conversei com ele essa semana, Carlos Fávaro, e ele está bastante empenhado também na conclusão da UFN3. Esta é uma agenda de ordem federal que vamos discutir com o presidente Lula”, pontuou, à época. 

A Petrobras anunciou que o setor de fertilizantes voltou à pauta estratégica da empresa, que tem a União como acionista majoritário. O Governo de Mato Grosso do Sul vem trabalhando para que a retomada da UFN3 seja efetivada. A possibilidade chegou a ser tema de reunião entre Riedel, Simone e Prates em agosto, na sede da Petrobras. Conforme informações da empresa, a obra está 80% completa e sua capacidade está cotada em pelo menos 3.200 toneladas por dia, de capacidade de produção de ureia, além de ficar perto do gasoduto Brasil-Bolívia. 

Conforme o pontuou Riedel, desde o início de sua gestão, há uma força direta em cima da retomada do projeto, por saber a importância que uma iniciativa assim tem para o  Estado. “Está tudo muito bem encaminhado, mas essa é uma decisão que a Petrobras ainda tem que tomar agora, no mês de novembro para dezembro, na sua reunião de conselho. Até o fim do ano, a Petrobras bate o martelo, mas esta visita do presidente Jean Paul, junto com a ministra Simone, e com o vice-presidente da República, é extremamente significativa, porque é um sinal muito claro de que as coisas tendem a caminhar pela Petrobras, pela decisão de concluir a obra. Ganha o MS, ganha o Brasil, porque produzir nitrogenado aqui, no MS, utilizando o gás que vem do ‘gasball’ é um grande avanço para a competitividade”, argumenta o governador. 

Histórico UFN3 

As obras da UFN3 começaram em 2011 e foram paralisadas em dezembro de 2014, quando a Petrobras rompeu o contrato com o consórcio que havia vencido a licitação para a construção, alegando descumprimento do contrato. 

Em abril de 2022, a Petrobras informou a inconclusão do processo de venda da unidade para o grupo russo Acron. De acordo com a nota da empresa, à época, “tendo em vista que o plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação”, destacou o comunicado. 

Após a divulgação da nota, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) esclareceu que “o plano de negócios não estava adequado, pois não atendia aos anseios da política industrial de Mato Grosso do Sul e aos anseios da política industrial brasileira, que é o de ter uma unidade de produção de fertilizantes e nitrogenados”, avaliou o secretário. Em conclusão, o grupo russo não daria continuidade às obras de instalação da indústria de fertilizantes em Três Lagoas, instalaria uma misturadora, o que iria em contrapartida aos planos do governo brasileiro. 

Por – Julisandy Ferreira

 

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