Na sede das Nações Unidas, em Nova York, o representante permanente da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, fez um apelo enfático na última sexta-feira por medidas imediatas necessárias para garantir um cessar-fogo efetivo entre Palestina e Israel. Durante consultas de emergência do Conselho de Segurança da ONU, Zhang, em nome da China, detalhou a situação crítica que aflige a região e ressaltou a necessidade urgente de evitar catástrofes humanitárias ainda mais devastadoras.
O representante chinês destacou que a última rodada de conflitos entre Palestina e Israel resultou em “muitas vítimas civis e crises humanitárias”. A China, de forma enfática, condena a violência e os ataques direcionados a civis e se opõe veementemente a todos os atos que violem o direito internacional.
“A China reitera seu apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam a máxima contenção e seu apoio a todos os esforços voltados para alcançar um cessar-fogo o mais rápido possível, visando evitar uma escalada adicional das tensões e a propagação dos resquícios da guerra, que podem afetar a segurança regional e internacional”, enfatizou Zhang.
Ele ressaltou que a proteção de civis em conflitos armados é “uma linha vermelha” estabelecida pelo Direito Internacional Humanitário, e destacou que o uso indiscriminado da força é inaceitável, enfatizando que nem os civis palestinos nem israelenses deveriam ser alvos desse conflito.
Em relação à segurança do pessoal da ONU e dos trabalhadores humanitários, Zhang declarou que a segurança deles “deve ser garantida”, salientando a importância de proteger aqueles que estão comprometidos em prestar assistência humanitária em áreas afetadas pelo conflito.
O embaixador chinês também expressou sérias preocupações em relação às consequências do “cerco total” a Gaza, imposto por Israel, e à ordem de evacuação de emergência da população no norte de Gaza, que ocorre 24 horas por dia. Ele apelou a Israel para atender aos apelos da comunidade internacional e do Secretário-Geral da ONU para interromper a punição coletiva das pessoas em Gaza, a fim de evitar agravamentos nos desastres humanitários.
Além disso, Zhang manifestou apoio a discussões ativas sobre a criação de um corredor humanitário em Gaza e a conclusão de acordos viáveis o mais breve possível. Ele também expressou gratidão pelos esforços do Egito e de outros países envolvidos nesse processo.
O embaixador chinês enfatizou o apoio da China aos esforços diplomáticos destinados a garantir a segurança e as necessidades humanitárias dos reféns, bem como a sua rápida libertação e retorno seguro às suas casas.
Sobre as soluções para a atual crise, Zhang afirmou que a resposta está na “retomada rápida de negociações de paz genuínas” para concretizar os direitos inalienáveis do povo palestino e promover a coexistência pacífica de dois Estados independentes, Palestina e Israel.
Ele concluiu destacando que a comunidade internacional deve seguir a direção fundamental da solução de dois Estados, buscar um consenso mais amplo e estabelecer um calendário e um roteiro para alcançar esse objetivo. Zhang ressaltou a importância de a ONU desempenhar seu papel, e o Conselho de Segurança demonstrar seu compromisso, chegando rapidamente a um consenso e tomando medidas práticas para promover um cessar-fogo efetivo e evitar desastres humanitários ainda maiores na região.
Com informações do Portal XINHUA Português
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