Na evolução de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, o Gestor de crises

Reinaldo Azambuja teve mandato marcado pelo enfrentamento de crises
Reinaldo Azambuja teve mandato marcado pelo enfrentamento de crises

Para muitos o caminho de Reinaldo Azambuja para chegar ao Governo do Estado começou quando decidiu concorrer a prefeitura de Campo Grande em 2012 e só não foi para o segundo turno por uma diferença de 2% dos votos para Edson Giroto, candidato apoiado por André Puccinelli que acabou sendo derrotado por Alcide Bernal. Ali foi sinalizado o fim do ciclo de oito anos do MDB a frente do Governo que acabaria se concretizando quando Azambuja venceu as eleições de 2014.

Com seu estilo comedido e discreto (bem diferente do efusivo Puccinelli seu antecessor) ele venceu o carismático Delcídio Amaral interrompeu a polarização PMDB-PT vigente há duas décadas no Estado. Reinaldo Azambuja por enquanto é o único governador da história de MS que fez o seu sucessor, após dois mandatos.

Já desde a campanha Reinaldo Azambuja prometia realizar um Governo com a marca da responsabilidade. Pelo menos dois anos antes o país estava entrando em convulsão político-social-econômica e que se acirraria nos quatro anos do primeiro mandato de Reinaldo Azambuja e como não poderia ser diferente respigaria na administração estadual impondo inúmeras dificuldades.

Do impeachment à Covid-19

Dos 8 anos de governo, 5 foram de crise. Assim que tomou posse, enfrentou a grave recessão nacional que quase levou à ingovernabilidade dos governos estaduais e municipais entre 2015-2016. Após fazer o ajuste fiscal e inúmeras reformas. O impeachment da presidente Dilma criou um clima de instabilidade que nem a posse do vice Michel Temer conseguiu interromper. A confusão, que tinha começado com a Operação Lava-Jato, preparou o campo político para o surgimento do Bolsonarismo e exacerbou a polarização entre esquerda e direita.

Mesmo com todas as dificuldades Reinaldo conseguiu a reeleição. Mas as dificuldades não pararam no seu primeiro ciclo a frente do Governo do Mato Grosso do Sul, pois um ano após a sua posse a retomada do crescimento econômico que já se pronunciava foi interrompida pela pandemia de Covid-19. À crise político-social-econômica foi acrescida da maior crise sanitária vivida pelo homem nos tempos modernos e que teve um auge de quase dois anos de duração.

O legado

Em sua administração, Reinaldo iniciou a regionalização da saúde; construiu e reformou 4 hospitais regionais, além da conclusão e expansão dos hospitais do Trauma e do Câncer, também regionais, localizados em Campo Grande. Iniciou e aperfeiçoou programas como o Mais Social e o Conta de Luz Zero.

Implantou uma rede de escolas em tempo integral, que representa hoje a maior cobertura nacional desta modalidade de ensino; na segurança recuperou a capacidade operacional das Forças Policiais. Azambuja implantou a rede de compliance para combater a corrupção no Estado; fez o primeiro inventário de gases de efeito estufa; viabilizou a Rota Bioceânica e assinou o marco regulatório ferroviário, preparatório para a retomada da nova Ferroeste e da Malha Oeste, além de ter assinado novo estatuto da microempresa.

No campo das parcerias público-privadas, contabilizou R$ 10.9 bilhões em novos investimentos de curto prazo, nas áreas de saneamento básico, rodoviária, infovias e energia. E atraiu cerca de R$ 60 bilhões de novos investimentos privados, proporcionando uma nova fase de industrialização do agro. Promoveu ajuste fiscal para sanear as contas públicas, abaladas principalmente pelos efeitos da Pandemia, e ainda reduziu a carga tributária.

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