Brasil garante vaga olímpica em Paris no Mundial de Ginástica Artística Feminina

Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Foto: Ricardo Bufolin/CBG

A Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina conquistou um feito histórico ao assegurar sua classificação para os Jogos Olímpicos de Paris com um desempenho excepcional na competição por equipes. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares brilharam nas barras, trave, solo e salto, somando um total impressionante de 164.297 pontos.

A grande surpresa foi a presença de Jade Barbosa, que estava ausente no Mundial de Liverpool no ano passado. Sua contribuição foi vital para a melhoria do desempenho da equipe brasileira. Naquela competição, as ginastas brasileiras somaram 159.661 pontos, o que lhes rendeu o quarto lugar, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá, que se classificaram antecipadamente na Inglaterra.

Rebeca Andrade, uma das estrelas da equipe, expressou sua grande satisfação pelo desempenho da equipe: “Estou muito satisfeita com o que a gente fez. Não deixamos a peteca cair mesmo quando chegamos às paralelas. Estou bem orgulhosa. Confesso que, quando fiz minha série na paralela, não fiquei 100% satisfeita, mesmo sendo meu aparelho favorito. Mas o que me deixa mais orgulhosa é que não desisti. Podia ter descido da paralela e pensado em um monte de coisas, mas não. Lutei pra chegar até o final porque nosso objetivo aqui era a vaga para Paris.”

Jade Barbosa também compartilhou suas emoções: “Eu tô bem emocionada pela forma como passamos. Não foi fácil. Começar pela trave não é mole. Estou bem orgulhosa. Claro que aconteceram problemas, mas temos tempo para ajustar. Muitas ginastas aqui passaram muito tempo sem lidar com essa pressão de equipe também. Estou muito feliz. Eu me sinto abençoada e grata.”

Flávia Saraiva, outra peça fundamental da equipe, estava igualmente exultante: “Conseguimos colocar todo o nosso trabalho em prática. Aprendemos com os nossos erros e realizamos tudo aquilo que gostaríamos de ter realizado. Superamos todos os nossos desafios e estou muito orgulhosa da minha equipe e de tudo o que fizemos. Agora, bora pra Paris.”

O Coordenador de Ginástica Artística Feminina da CBG, Francisco Porath Neto, destacou os méritos de todo o grupo de trabalho para o alcance desses resultados extraordinários: “Estamos muito felizes com o desempenho do grupo de hoje, sabemos que tivemos uma excelente preparação e um grupo muito unido. O resultado de hoje foi construído com uma grande equipe de trabalho. Com muito empenho chegamos com um grupo pronto para competir. Sabemos que é uma competição muito difícil, que envolve grande responsabilidade. Tivemos algumas falhas, temos sempre o que melhorar, mas o objetivo maior foi alcançado.”

Iryna Ilyashenko, treinadora da Seleção, ressaltou o espírito de luta das ginastas brasileiras: “As meninas lutaram até o último aparelho e alcançamos nosso objetivo principal. E agora vem mais por aí: teremos a final por equipes, individual geral e finais por aparelhos. Passo a passo, a Ginástica do Brasil vai conquistando seu espaço.”

Além da classificação por equipes para Paris, a Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina fez história ao garantir sete vagas em finais de um mesmo Mundial. Rebeca Andrade e Flávia Saraiva também se destacaram no individual geral, conquistando a quarta e sexta posições, respectivamente, na competição. É a primeira vez na história em que o Brasil alcança duas vagas no individual geral no primeiro grupo.

Rebeca Andrade avançou para a final do salto em segundo lugar, enquanto na trave de equilíbrio conseguiu a oitava vaga. No solo, Rebeca, em sua estreia com uma nova série, registrou a terceira melhor nota, ficando à frente de Flávia Saraiva.

Para Francisco Porath Neto, o expressivo número de vagas em finais conquistadas pelo Brasil reflete o atual momento da modalidade no país: “Nosso objetivo a cada competição é avançar para o maior número de finais. Conquistar sete vagas nos traz mais oportunidades e significa a consolidação de um bom trabalho. Para cada final, a meta é fazermos o nosso melhor, cada uma apresentar a sua série como está fazendo durante os treinos. Temos um grupo muito preparado e final é final. Neste processo de preparação, com um objetivo comum, construímos um time muito forte e unido.”

Com informações da CBG

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